domingo, 17 de março de 2019

7136. Ciclone já fez 68 mortos em Moçambique

O número de mortos em Moçambique, à passagem do ciclone Idai, já subiu para 68, na província de Sofala, de acordo com a edição online do jornal moçambicano O País. Na cidade da Beira, há 55 vítimas mortais e, em Dondo, são 13. Nos dois municípios, o jornal aponta para a existência de cerca de 1500 feridos. O balanço é ainda preliminar: o acesso a zonas mais remotas continua a ser muito complicado e o mau tempo vai prolongar-se nos próximos dias. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia moçambicano, citado pelo jornal Verdade, prevêem-se fortes e persistentes chuvadas (com mais de 150 milímetros em 24 horas), ventos com rajadas fortes até 60 quilómetros/hora e trovoadas severas, que se poderão prolongar até quinta-feira. As cidades da Beira e Dondo têm estado sem energia, água e comunicações. Também a circulação está fortemente condicionada: há muitas árvores caídas nas ruas da Beira e militares das Forças de Defesa e Segurança foram mobilizados para a remoção destes obstáculos. Na estrada nacional 6, no troço entre Tica e Nhamatanda, o piso cedeu às correntes fortes do rio Mutua que galgou as suas margens. Na descrição do jornalista de O País, as famílias que ali residem foram apanhadas de surpresa e subiram às árvores para escapar às cheias. Os efeitos da passagem da tempestade fazem-se sentir das formas mais inesperadas. Na Beira, por exemplo, de quinta-feira a sábado foram adiados 32 funerais, previstos para os três cemitérios oficiais e outros privados da cidade. Já as ligações aéreas da Beira com o resto do país, suspensas por três dias, foram retomadas este domingo. O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, interrompeu a visita de Estado que estava a fazer à Suazilândia, para se deslocar a Quelimane, província da Zambézia, e inteirar-se dos danos provocados pelo ciclone. O mau tempo vai continuar em todos os distritos das províncias de Sofala e Manica e em vários distritos das províncias de Tete (incluindo a cidade de Tete), Inhambane (incluindo Vilanculos) e Gaza, a norte de Maputo.
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