quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

7544. Informação hidrológica relevante 19DEZ19 10:30h

Bacia do rio Minho: reduzida capacidade de encaixe na barragem de Frieira (88%).
Bacia do rio Lima: as afluências aumentaram significativamente desde o final do dia de ontem à barragem do Alto Lindoso (a qual se encontra a 71%), podendo ocorrer inundações nas zonas historicamente mais vulneráveis. Especial atenção deverá incidir em Ponte da Barca (atualmente a registar uma altura de água de 2,68 m), Ponte de Lima e Arcos de Valdevez (neste caso por ação do rio Vez).

Bacia do rio Cávado: barragens da Caniçada (84%) e de Vilarinho das furnas (87%) sem grande capacidade de encaixe. Face à precipitação prevista, não é de excluir a hipótese de serem atingidos caudais próximos dos valores de referência para inundações em alguns locais historicamente vulneráveis;

Bacia do Douro: Bacia com reduzida capacidade de controlo de cheias no troço principal e com vários afluentes não controlados na margem direita (rio Sousa, rio Corgo e rio Pinhão) e esquerda (rio Paiva), que podem contribuir significativamente para o aumento de caudal devido à forte precipitação prevista para as próximas 48H para os distritos a Norte. Nos afluentes controlados, barragem do Torrão a 81% (rio Tâmega) e barragem de Tabuaço a 61% (rio Távora) que mantêm tendência de subida desde a madrugada que poderá ser agravada igualmente pelas afluências provenientes de Espanha, de acordo com informação disponibilizada pela APA.

Bacia do rio Vouga: mantêm tendência de subida desde a madrugada da cota na estação da Ponte de Águeda (atualmente 9,1 m). Face ao novo quadro meteorológico, antevê-se subida do nível do rio.

Bacia do rio Mondego – grande parte da bacia encontra-se a jusante das principais barragens (Aguieira e Alto Ceira), e portanto não regularizada, exposta ao aumento do caudal previsto para as linhas de água. Desde o final do dia de ontem, regista-se uma subida de mais de 1 m no rio Ceira, que mantém curva ascendente. Açude de Coimbra atualmente a registar um caudal efluente de 785 m3/s.

Bacia do rio Tejo – Barragem de Castelo de Bode com 82% de enchimento, mas com maior capacidade de armazenamento a montante (Cabril a 63%). Evolução dos caudais dependente da distribuição geográfica da precipitação nas diversas sub-bacias.

Bacias urbanas e em particular naquelas em que se faça sentir o efeito de maré (especialmente nos distritos de Leiria, Lisboa, Setúbal e Faro), não é de excluir situações de galgamento de leitos de rio e ocorrência de cheias rápidas.

ANEPC

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