Uma longa série de pessoas
directa ou indirectamente utilizaram meios de difusão comunicacional,
nomeadamente a Internet, para manifestarem o seu desagrado pelo facto do IPMA não
ter ponderado e accionado avisos meteorológicos relativamente à instabilidade
ocorrida durante a passada noite e madrugada.
Após a passagem da instabilidade,
é possível verificar que a mesma deixou consequências residuais de pequena
montra, em termos de impacto generalizado sobre as áreas afectadas,
resumindo-se a alguns efeitos muito residuais e localizados. Tratou-se, pois,
de uma situação típica de instabilidade normal para a época do ano e que
acontece todos os anos; o que seria anormal era nada ter acontecido.
Mais uma vez um conjunto de
pessoas que se auto promovem como “meteorologistas amadores” se imiscuem em áreas
para os quais não têm as devidas formações ou qualificações reconhecidas pelas
entidades oficiais; são estas pessoas que, tendo a liberdade conferida pela
livre expressão oferecida pelos vários meios de comunicação, não assumindo
qualquer responsabilidade pelos seus comentários e conteúdos, expressam opiniões
desfasadas dos acontecimentos e que tão gravemente afectam o trabalho
desenvolvido pelas autoridades competentes. Além disso, vários destes indivíduos
fazem previsões irreais, iludindo quem as lê e sempre na tónica de agravar os
fenómenos no sentido de transmitir às pessoas sentido de insegurança perante os
fenómenos meteorológicos (granizo de grande dimensão ou saraiva, etc.); por
outro lado, não aceitam os seus erros e inventam instabilidade para datas antes
ou depois das mesmas.
Será que essas mesmas pessoas que
tanto criticam não deveriam contactar directamente o IPMA com as suas criticas,
em vez de manifestarem-se por outras vias? Será que essas pessoas entendem dos protocolos
associados a previsões meteorológicas? Será que essas pessoas problematizam a
afectação de recursos locais ou regionais derivados pelo facto de se colocar
regiões em estado de aviso meteorológico e todas as implicações que daí advêm,
tanto em recursos humanos como financeiros? Será que essas mesmas pessoas
assumem responsabilidade pelo que escrevem nas suas previsões?
Sendo sido esta uma situação meteorológica
típica normal, não será contra procedente a generalização de alertas, levando
ao ponto de as populações deixarem de ligar aos alertas?
Muito há ainda a fazer em
Portugal para criar civismo nas pessoas “amadoras”
que gostam da área da meteorologia.
POR FAVOR, AO ABRIR UMA PÁGINA DO FACEBOOK SOBRE METEOROLOGIA EM PORTUGAL NUNCA SE ESQUEÇA QUE AS PREVISÕES VEICULADAS MUITAS VEZES NÃO SÃO VERDADEIRAS E DEVEM SEMPRE COMPARÁ-LAS COM AS DO IPMA.
Sem comentários:
Enviar um comentário