“Esta intervenção teve por objectivo a melhoria das condições de adaptação às alterações climáticas, melhorando a fiabilidade das infraestruturas de defesa existentes, permitindo a redução do risco e dos impactos para pessoas e bens, associados à ocorrência de cheias e inundações”, afirma. A intervenção iniciou-se pelo levantamento do estado de cada dique, com o diagnóstico das características e patologias, levantamento fotográfico e georreferenciação, tendo sido elaborados cinco contratos interadministrativos entre a APA e as autarquias, para as candidaturas ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), no âmbito das “intervenções estruturais de desobstrução, regularização fluvial e controlo de cheias em zonas de inundações frequentes e danos elevados”, acrescenta.
As empreitadas de reabilitação dos diques do Vale do Tejo contemplaram o corte e limpeza de vegetação e/ou arbustos, o coroamento e taludes, o arranque ou corte de árvores, o reperfilamento e/ou reparação do corpo do dique, o refechamento das juntas deterioradas, o preenchimento das cavidades e a reparação das portas de água.
Segundo a APA, “os diques do Vale do Tejo são estruturas hidráulicas muito antigas, alguns dos quais construídos ou reconstruídos sobre antigos valados em terra que remontam à ocupação árabe da Península Ibérica”. Têm por função “contribuir para um melhor ordenamento hidráulico do leito, margens e zonas inundáveis, defendendo os terrenos adjacentes, até certos limiares de caudal, contra as inundações e alvercamentos que a velocidade das correntes pode produzir”, acrescenta.
Nas décadas mais recentes, na sequência dos estragos provocados por ocorrências de cheia, os diques foram sendo reparados com recurso a materiais como betão simples, pedra arrumada e asfalto, sendo que alguns deles não tinham qualquer intervenção “há mais de uma década”, afirma a APA.
* * * * * * * *
* * * * * * * * * * * * *
Fonte (texto e imagem): antena livre
Sem comentários:
Enviar um comentário