quinta-feira, 11 de novembro de 2021

8375. Satélites detetam as maiores emissões de metano na Europa em dois aterros sanitários em Madrid

Dois aterros, a 18 quilómetros de Madrid e a cerca de 6 quilómetros um dos outro, são os principais focos de metano na Europa, de acordo com registos divulgados recentemente pela Agência Espacial Europeia (ESA), obtidos através do mapeamento prévio da missão Sentinal-5P – o satélite de observação da Terra do programa europeu Copernicus.

Segundo os dados recolhidos, os dois aterros, em Agosto último, chegavam a poluir a uma taxa de 8.800 quilos de gás por hora, a maior quantidade observada no Velho Continente pelo GHGSat, equipa conjunta de cientistas do Instituto Holandês de Pesquisas Espaciais SORN.

Com esses dados, a equipa da GHGSat rastreou as emissões de metano entre 20 de Agosto e 13 de Outubro. O pico mais alto registou cerca de 5 mil quilos por hora, uma “nuvem de gases com efeito de estufa à deriva junto às residências”, conforme foi descrito pela ESA.

As causas das emissões ainda são desconhecidas, embora a agência europeia garanta que compartilhou as informações com o operador do aterro. De acordo com a estratégia da União Europeia sobre o metano, publicada em Outubro de 2020, 26% das emissões de metano vêm de resíduos. E vários estudos sugerem que pelo menos um quarto do aquecimento global causado pelo homem é causado pelo metano, um gás de efeito estufa cerca de 85 vezes mais poderoso do que o dióxido de carbono em 20 anos.

Mas Madrid não é o único; existem aterros em todo o mundo que liberam metano perto de cidades. Em Abril passado, o novo satélite Hugo da GHGSat registou grandes quantidades de gás (cerca de 4.000 kg por hora) num aterro sanitário de 73 hectares no sul de Dhaka, capital de Bangladesh. A mesma organização detectou instalações de resíduos com altas emissões de metano na América do Norte, América Latina, Europa e Ásia. Um ponto, junto com Jacarta, na Indonésia, atingiu 15.900 quilos de metano por hora, o que equivale a 400 mil quilos horas de dióxido de carbono.

Francisco Laranjeira

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Fonte: MultiNews

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