A sensibilidade da actual sociedade e o interesse público pelo tema do clima tem aumentado de forma significativa na última década, impulsionado pelo crescente impacto de uma maior frequência e magnitude dos fenómenos meteorológicos e climáticos extremos.
A
necessidade de uma maior representatividade espacial e temporal dos dados,
incorporação de novas tecnologias no que diz respeito às fontes de dados
observados, disponibilização de dados em tempo quase real, integração de
processos de Machine Learning e Inteligência Artificial, plataformas
digitais ágeis de fácil acesso aos dados e informação em regime de dados
abertos são alguns dos inúmeros desafios que a monitorização climática enfrenta
nos dias de hoje. Procurando responder a estes desafios, o IPMA desenvolveu a
plataforma digital DatacClima, que tem por base os dados observados na rede de
estações meteorológicas de superfície, mas também os dados modelados obtidos
através do Copernicus Climate Change Service (C3S), que servem de base ao
processo de downscaling dinâmico desenvolvido para gerar um novo conjunto de
dados climáticos modelados, com resolução espacial de três quilómetros.
Foi durante a 30.ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas
sobre Alterações Climáticas (COP30 – UNFCCC), que decorreu entre os dias 10 e
21 de Novembro, em Belém, no Brasil, que o IPMA apresentou oficialmente
DataClima, a sua mais recente aplicação digital. Trata-se de uma plataforma interactiva
dedicada à consulta e análise de indicadores climáticos modelados e observados
para Portugal Continental e Regiões Autónomas (calculados para diversas
unidades territoriais, NUTS 2 e 3, distritos, concelhos e bacias
hidrográficas), abrangendo o período de 1981 até à actualidade no caso dos
indicadores modelados, e desde 1941 para os indicadores observados.
Deste modo, a plataforma DataClima apresenta-se como um instrumento essencial
no que concerne ao reforço da capacidade de apoio ao planeamento e à tomada de
decisão mais informada nos diversos sectores socioeconómicos.
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Fonte: IPMA
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