terça-feira, 31 de janeiro de 2006

114. Queda de neve / Recortes da imprensa

A VAGA DE FRIO QUE AFECTA PORTUGAL PROVOCOU A QUEDA DE NEVE NA PENÍNSULA DE SETÚBAL DURANTE A TARDE DE ONTEM

Na Península de Setúbal, a neve caiu em vários concelhos, algo que, em várias localidades, já não acontecia há quase meio século.
Segundo o SNBPC, em declarações à Lusa, a neve caiu ontem na cidade de Setúbal e nos concelhos de Almada, Barreiro e Palmela. Em nenhum destes concelhos do distrito de Lisboa se registaram problemas derivados à queda de neve, acrescentou fonte oficial do SNBPC.


FONTE: Distrito Online, Informação Regional de Setúbal (30/01/06)


VAGA DE FRIO – NEVE CHEGOU À CIDADE DE LISBOA E CONCELHOS DO ALGARVE E ALENTEJO

A vaga de frio que assola o país está a provocar a queda de neve na cidade de Lisboa, Azambuja, Cadaval e Torres Vedras, na serra de Monchique e em onze distritos de Évora. Existem troços cortados ao trânsito na A1, A8, A15 e A6.
A queda de neve obrigou ao encerramento das auto-estradas A1, entre Santarém e Pombal, A8, entre Bombarral e Torres Vedras Norte, A6, entre Montemor-Este e Estremoz, e A15, entre Malaqueija e o nó da A1.
Continua ainda encerrada ao trânsito, desde as 17h30 de ontem, a estrada nacional 315, entre Alfândega da Fé e Bornes.
O gelo mantém condicionada a circulação na A4, no sentido Porto/Amarante, entre os quilómetros 42 e 43.
Segundo os bombeiros do Algarve, os flocos de neve começaram a cair às 11h30, no Alto da Fóia, serra de Monchique, e nesta altura, existe já uma altura de cerca de dois centímetros".A queda de neve na Fóia - ponto mais alto do Algarve - não acontecia há cerca de três anos.
Até ao momento não se registou qualquer acidente, esperando-se algumas dificuldades durante a tarde, até porque "a novidade fará com que muitos curiosos se desloquem para aquela zona".
Os concelhos do distrito de Lisboa onde está a nevar são Azambuja, Cadaval e Torres Vedras, informou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC).
Mais a Sul, o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora avançou que cai neve desde a manhã em onze concelhos, entre eles Évora, Redondo, Montemor-o-Novo, Vila Viçosa, Mora, Arraiolos, Borba, Alandroal, Reguengos de Monsaraz e Portel.
A serra de S. Mamede, Portalegre, "acordou" coberta por um manto branco devido à neve que caiu durante a madrugada. Dezenas de pessoas foram até à serra apreciar a paisagem. A camada de neve atingiu uma espessura de cerca de seis centímetros no ponto mais alto, a 1025 metros de altitude, onde se registava, cerca das 11h00, uma temperatura de um grau negativo.
Na localidade de Marvão, a neve também começou a cair ontem à noite, sendo ainda visível, esta manhã, no interior das muralhas da vila candidata a Património Mundial da Unesco.
Tanto na serra de São Mamede como em Marvão é habitual a queda de neve no Inverno, quando as temperaturas baixam significativamente, mas o mesmo já não acontece em Montargil, concelho de Ponte de Sôr, onde também hoje está a nevar.
Na serra da Estrela, a Estrada Nacional 339, que liga Piornos, Torre, Sabugueiro, no maciço da Serra da Estrela, reabriu ao trânsito às 10h40. De acordo com a BT, neste momento estão transitáveis todas as vias do distrito da Guarda.

Fonte: Jornal “O PÚBLICO” Online (29.01.2006 - Lusa)

VAGA DE FRIO: NEVA EM SETÚBAL E EM 16 CONCELHOS DE LISBOA

A vaga de frio que afecta Portugal está a provocar a queda de neve na Península de Setúbal, em Lisboa e em 15 outros concelhos deste distrito, segundo disse à Lusa fonte do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), cerca das 16:40.
Na Península de Setúbal, nevava na cidade de Setúbal e no concelho de Palmela. Segundo o último balanço do SNBPC, a neve caiu hoje nos concelhos de Almada, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Barreiro, Bombarral, Cadaval, Torres Vedras, Vila Franca de Xira, Sobral de Monte Agraço, Mafra, Loures, Lourinhã e Sintra.
Em nenhum destes concelhos do distrito de Lisboa se registaram problemas derivados à queda de neve, acrescentou fonte oficial do SNBPC à Lusa.
A Câmara de Lisboa accionou um plano de contingência devido ao agravamento das condições climatéricas e vai abrir um centro e três estações de metro para apoiar os sem-abrigo.
Os sem-abrigo podem dirigir-se a um centro de apoio no Regueirão dos Anjos, com capacidade para 200 pessoas, e abrigar-se nas estações do Metropolitano do Socorro, Baixa-Chiado e Sete Rios que vão estar abertas durante toda a noite, acrescentou fonte do gabinete do vereador com o pelouro da Acção Social, Sérgio Lipari Pinto.
A autarquia mobilizou também a Polícia Municipal e já tem equipas na rua a recolher pessoas.
Às 15:00 estavam 0,5 graus em Lisboa, abaixo dos 4 graus que o Instituto de Meteorologia previa como temperatura mínima, e caía neve na cidade.

FONTE: Diário Digital / Lusa (29-01-2006)
Vaga de frio: cai neve em plena Lisboa

A vaga de frio que afecta Portugal está a provocar a queda de neve em plena cidade de Lisboa. A neve caiu ainda nos concelhos de Alenquer, Amadora, Azambuja, Cadaval, Torres Vedras, Vila Franca de Xira, Mafra, Loures, Lourinhã e Sintra.
De acordo com a meteorologista Paula Leitão, contactada pela Agência Lusa, a vaga de frio que está a provocar queda de neve em vários pontos do País deve-se a uma massa de ar muito fria associada a uma depressão com precipitação. A meteorologista informou ainda que a massa de ar se está a deslocar para Sul.
Estradas cortadas
A A8 está cortada ao trânsito, entre os nós de Bombarral e Torres Vedras Sul, desde as 13:45, devido à neve e ao vento. A A1 mantém-se encerrada entre Pombal e Aveiras, embora se preveja que dentro em breve reabra o troço Pombal-Leiria. Há cortes ainda na A6, entre Montemor-o-Novo e Estremoz. A A15 está cortada ao trânsito.
A melhoria do estado do tempo no Norte do País, nomeadamente em Trás-os-Montes e Minho, tem permitido a reabertura de vias que estavam também encerradas ao trânsito devido ao mau tempo. Além da queda de neve, têm-se registado trovoadas e rajadas de vento em algumas zonas.

Neve chega ao Algarve

A neve chegou mesmo ao Algarve registando-se uma queda significativa na zona da Fóia, na serra de Monchique. De acordo com os Bombeiros de Monchique, os flocos de neve começaram a cair cerca das 11:30, no Alto da Fóia, e nesta altura, «existe já uma altura de cerca de dois centímetros». A queda de neve na Fóia - ponto mais alto do Algarve - não acontecia há cerca de três anos.
Prevê-se uma melhoria do estado do tempo durante a noite e uma subida da temperatura e céu limpo para segunda-feira. Paula Leitão adverte, contudo, que a noite será ainda muito fria, com tendência a que as zonas onde nevou fiquem com uma camada de geada, tornando particularmente perigosa a circulação nas estradas.

Fonte: TVI Online (2006-01-29)

Clima: Neve no Caldeirão (Espectáculo branco não se via há meio século)

As populações da serra do Caldeirão foram ontem surpreendidas por um manto de neve que, a partir das 22h00 e durante toda a madrugada, cobriu as terras do interior centro algarvio. Desde o dia 2 de Fevereiro de 1954 que não se verificava tal fenómeno nesta zona do Sul do País.
As baixas temperaturas, a rondar os zero graus, que se verificaram na madrugada de domingo, aliadas à pluviosidade, ocasionaram a queda de neve nas terras mais altas dos concelhos de São Brás de Alportel, Tavira e Loulé. Nalguns locais, como no Barranco do Velho, Montes Novos, Cortelha e Parises a neve chegou a atingir 20 centímetros de altura.
No alto do Malhão também um forte nevão cobriu aquele monte de branco. As localidades de Messines e de São Marcos da Serra foram, igualmente, contempladas com a queda de neve, embora em quantidade inferior à verificada no Caldeirão.
Uma novidade presenciada por milhares de pessoas que, apesar de se tratar de um dia de semana, se deslocaram até àquela serra.
Autocarros da Câmara Municipal de São Brás de Alportel transportaram alunos das escolas do concelho até à serra. As brincadeiras com as bolas de neve substituíram as aulas num dia diferente, muito frio, mas extremamente animado.
Ricardo Reis, nove anos, aluno do 9.º ano da escola local, excitado pela novidade, explicava que “isto é mais bonito do que pensava e dá para brincar à grande”, afirmou ao CM o jovem, enquanto se entretinha a atirar bolas de neve aos colegas.

MONCHIQUE DE BRANCO

A serra de Monchique acordou ontem pintada de branco, devido à queda de um forte nevão durante a noite. A neve chegou a atingir nalguns locais cerca de 30 centímetros de altura, cobrindo a própria vila. De acordo com populares, há 23 anos que não se verificava um nevão tão forte.
“Eu conheço a Fóia como a palma das minhas mãos, mas ontem à noite andei perdido. O vento levantava a neve e não conseguia ver a estrada. A minha sorte foi seguir um trilho feito por um carro dos bombeiros para conseguir sair de lá”, referiu ao CM Carlos Inácio, residente junto a Monchique.
A neve provocou durante o dia de ontem uma romaria de visitantes à serra de Monchique, embora em menor número do que no domingo, altura em que apenas nevou no pico da Fóia, transformando aquele local no destino de milhares de curiosos.
Para muitos tratou-se da primeira vez que viram neve. Foi o caso da brasileira Suelândia Varela, que confessou estar a viver “uma experiência fantástica”. Um pouco por todo o lado, miúdos e graúdos divertiam-se a lançar bolas de neve uns aos outros e a tirar fotografias, para mais tarde recordar.

VIU NEVAR 52 ANOS DEPOIS

Maria José Dias, moradora nos Parises, no concelho de São Brás de Alportel, aos 83 anos, nem queria acreditar naquilo que os seus olhos viam quando ontem acordou para a faina diária de alimentar os seus bichos.
“Estava tudo branco. Fez-me voltar meio século atrás, quando em Fevereiro de 1954 também fomos surpreendidos quando tudo se cobriu com o nevão que então caiu em todo o Algarve”, recorda a idosa, que considera ter “nesse ano caído uma quantidade maior de neve, o que nos obrigou a ficar em casa vários dias, pois como não havia sol, demorou mais tempo a derreter”, recorda.
Maria José foi novamente surpreendida, não dando por nada durante a noite. “Antes de me deixar dormir, ouvi a chuva bater no telhado, mas nunca me passou pela cabeça que era neve.”
Brincalhona, calçou as botas de borracha e foi das mais entusiastas na arte de atirar bolas aos vizinhos. “Isto é muito divertido e, apesar do frio, que me obriga a ter os bichos em casa, estou muito satisfeita com tanta gente que rumou até ao sítio”, confessou a octogenária.
VAGA DE FRIO DO PAÍS

QUEDAS
O gelo acumulado no chão após o nevão em Évora, domingo, provocou ontem dezenas de quedas e levou ao encerramento de escolas no período da tarde. Durante a manhã deram entrada nas urgências do hospital distrital 47 pessoas que apresentavam fracturas e contusões.
ESTRADAS
Às 11h00 de ontem, 17 estradas nacionais estavam cortadas ou condicionadas em todo o território continental, devido à formação de gelo na via. Nessa altura estavam fechados, no Algarve, os acessos ao Alto da Fóia. Pelas 14h00 permaneciam condicionadas nove estradas.AQUECIMENTOHá 700 mil casas no País que não dispõem de aquecimento, o que significa que 2,2 milhões de pessoas passam frio, diz o Censos 2001 do Instituto Nacional de Estatística. O INEM registou estes dias muitos incidentes devido à utilização de lareiras.

Teixeira Marques/José Carlos Eusébio


O trânsito esteve cortado na A6 devido ao muito gelo na estrada

A queda de neve e a formação de gelo nas estradas, passeios e casas na região de Évora causou nos últimos dois dias uma afluência acima da média às urgências do hospital daquela cidade devido a quedas e acidentes.
Até ao final da tarde de ontem tinham dado entrada na unidade cerca de 60 doentes, a maioria adultos e crianças, vítimas de entorses, fracturas e ferimentos causados por acidentes no gelo e na neve. O serviço de ortopedia foi que o que teve maior afluência, registando o dobro dos casos diários.
“Até ao final da tarde [de ontem] as urgências registaram um aumento de cerca de 20 por cento na afluência, já o serviço de ortopedia teve o dobro da média”, disse ao CM Manuel Carvalho, director clínico do Hospital do Espírito Santo em Évora.
A maior parte dos casos clínicos, segundo este responsável, deveu-se a quedas, de onde resultaram situações traumatológicas. “Também chegaram às urgências casos mais preocupantes, como fracturas resultantes não só das quedas, mas também de alguns acidentes”, acrescentou Manuel Carvalho, adiantando ainda não ter havido casos de hipotermia.Luís Gião, de 92 anos e residente em Évora, foi uma das vítimas do gelo. “Estava um sol tão bonito de manhã que quis ir para a rua, mas num dos degraus da entrada escorreguei devido ao gelo e caí desamparado, batendo com as costas nas escadas”, disse o idoso, que na altura estava numa cadeira de rodas por precaução. “Fiquei bastante magoado, mas felizmente não tive fracturas”, referiu.
Ao longo do dia, segundo uma funcionária da urgência, os bombeiros não tiveram mãos a medir e foram sobretudo adultos e crianças das escolas de Évora a procurar esta unidade. Devido às várias quedas de alunos, alguns dos estabelecimentos de ensino encerraram durante a manhã.
FALTA AQUECIMENTO

Há 700 mil casas no País que não dispõem de aquecimento, o que significa que dois milhões e duzentas mil pessoas passam frio, diz o Censos 2001 do Instituto Nacional de Estatística. Ainda assim, e apesar do frio e da queda de neve de anteontem, o INEM não registou um aumento de ocorrências. A utilização de lareiras esteve na causa da maior parte dos incidentes. Também o centro de apoio, criado pela Câmara Municipal de Lisboa, ficou aquém da lotação de 200 pessoas e acolheu 84 sem-abrigo. Na serra de Montejunto, 35 escoteiros da Amadora foram surpreendidos por um nevão e obrigados a pernoitar na base militar. Ontem os termómetros subiram ligeiramente (tendência que se mantém hoje), embora com temperaturas negativas em Braga, Bragança, Castelo Branco, Portalegre e Beja.

Pedro Galego (Évora)


Fonte: Correio da Manhã Online (31/01/06)
AUTO-ESTRADA CORTADA NA ZONA DE SANTARÉM DEVIDO À QUEDA DE NEVE

A Auto-estrada n.º1 está cortada ao trânsito, entre Leiria e Santarém, devido à queda de neve, disse à Agência Lusa o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém. A mesma fonte acrescentou que a circulação foi interrompida às 10:45, nos dois sentidos, estando o trânsito a ser desviado para as estradas nacionais.
De acordo com o CDOS de Santarém, está a nevar em 12 concelhos do distrito, sobretudo nos situados mais a norte, entre eles Ourém, Abrantes, Tomar e Alcanena. Segundo o comandante distrital, Joaquim Chambel, a neve começou também a cair em concelhos mais a sul, como Rio Maior e Santarém.
Joaquim Chambel adiantou que, além da A1, há um conjunto de estradas nacionais e municipais onde é praticamente impossível circular, nomeadamente entre Tomar e Ourém e no eixo Tomar, Martinchel, Abrantes.
Em outras vias do distrito de Santarém a circulação faz-se com dificuldade, estando os bombeiros, dotados de viaturas todo-o-terreno, juntamente com a GNR e a Brigada de Trânsito, a prestar apoio nas estradas mais afectadas, disse, apelando à população para não sair de casa. O piso escorregadio provocou vários despistes de carros que depois "não conseguem sair das valetas cheias de neve", afirmou.
No distrito de Leiria, os bombeiros foram chamados para retirar carros atolados na neve em Mira d'Aire (Porto de Mós) e Chainça (Leiria), disse fonte do CDOS local.
Depois de uma noite com muita chuva, ao início da manhã nevou em vários locais do distrito, nomeadamente nas zonas mais altas, inseridas no Maciço Calcário Estremenho que engloba o Parque Natural das Serras d'Aire e Candeeiros. Os concelhos de Pombal e Ansião também despertaram hoje com um manto de neve que cobre os campos, mas não se verificou nenhum problema adicional que obrigasse à intervenção dos bombeiros.

Fonte: O Mirante, Diário Online (29/01/06 12h06)


E PORTUGAL VESTIU-SE DE BRANCO

Algarve, Alentejo, Lisboa, Figueira da Foz... e outros locais mais habituais: Um manto branco cobriu ontem o país, com especial destaque para o Sul. A capital teve neve 52 anos depois, assim como o santuário de Fátima ou o Templo de Diana.
Mais de um século depois, a capital voltou a vestir-se de branco. Uma onda de frio atingiu o território nacional registando-se queda de neve no Algarve, na zona da Fóia, serra de Monchique, também em Portalegre, na serra de S. Mamede, e Évora, bem como outros locais no Alentejo (Estremoz, Redondo, Montemor-o-Novo, Vila Viçosa, Mora, Arraiolos, Borba, Alandroal, Reguengos de Monsaraz e Portel).
Em Marvão, a neve também começou a cair ainda no sábado à noite, sendo ainda visível ontem de manhã.
Na Figueira da Foz, a neve caiu com bastante intensidade, sendo de registar que nao havia flocos de neve na cidade desde há cerca de 20 anos. A vaga de frio levou também a neve ao centro de Setubal e a Palmela, atingindo também os concelhos de Almada, Amadora, Barreiro, Vila Franca de Xira, Mafra, Loures e Sintra, entre outras.
Tudo isto sem problemas. Apenas a alegria de brincar com a neve, que levou muitos a desafiar o frio. O pior foi no tráfego. Apesar de ao início da noite já tudo se encontrar desimpedido, houve vários troços de auto-estrada que estiveram encerrados devido à queda de neve, mantendo somente encerrado o troço de ligação entre Marateca e Borba, na A6, segundo informações recolhidas pela Lusa junto da Briga de Trânsito e da Brisa. Fonte da BT disse à agência Lusa que a circulação automóvel já havia sido restabelecida por volta das 20h em todos os troços das auto-estradas encerrados, nomeadamente a A1. Durante a tarde, a queda de neve em vários pontos do país obrigou ao encerramento de troços das auto-estradas da A8, e A15, além da A6.

A Autoestrada n.º1 encerrou entre Leiria e Santarém por volta das 10h45, nos dois sentidos, sendo o trânsito desviado para as estradas nacionais. Em outras vias do distrito de Santarém a circulação fez-se com dificuldade, estando os bombeiros, dotados de viaturas todo-o-terreno, juntamente com a GNR e a Brigada de Trânsito. O piso escorregadio provocou vários despistes. Em Leiria, os bombeiros foram chamados para retirar carros atolados na neve em Mira d’Aire (Porto de Mós) e Chainça (Leiria).
A situação esteve também complicada na Serra de Montejunto, onde dezenas de pessoas ficaram bloqueadas pela neve dentro dos automóveis, sendo recolhidas pelos bombeiros e encaminhados para unidade militar local.

Beira Interior - Água “encanou” na Guarda.

As baixas temperaturas na Guarda provocaram a ruptura de instalações de água, designadamente contadores e canalizações, afectando casas e lojas. O responsável pela Protecção Civil Municipal, Granja de Sousa, afirmou que esta situação ocorreu no centro e nas aldeias do concelho. Nas principais ruas da cidade lançou-se areia e sal para derreter o gelo que dificultou o trânsito, que foi impedido no Centro Histórico. Os Bombeiros Voluntários foram chamados a socorrer automobilistas e a GNR interveio na A-25, onde um pesado de mercadorias se despistou por causa do gelo, perto do nó de Pinhel, provocando três feridos ligeiros.

Castelo Branco sem incidentes

A neve chegou ontem de manhã à vila de Oleiros, bem como às zonas circundantes dos concelhos de Proença-a-Nova e Sertã. Segundo o Centro Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Castelo Branco, cerca das 12h30 estava a nevar em Oleiros e também nas serras do Muradal e Alvelos, situadas entre aquela vila e os concelhos de Proença-a-Nova, Sertã e Castelo Branco. A mesma fonte disse não haver estradas cortadas, nem registo de acidentes ou chamadas de emergência devido à neve, que caiu com pouca intensidade.

Alterações climáticas

Os dias vão ser mais quentes no futuro, apesar das vagas de frio episódicas, afirma o coordenador do SIAM II, um projecto que traça cenários e impactos para as alterações climáticas em Portugal, que é apresentado hoje. “É preciso distinguir a média das temperaturas e da precipitação ao longo do ano da variabilidade. A queda de neve também já ocorreu no passado e isso não altera muito as médias”, declarou à agência Lusa Filipe Duarte Santos. O cientista sublinhou que se mantém a tendência global dos últimos 30 anos para médias de temperatura mais elevadas. O aquecimento global vai afectar também Portugal, com impactos significativos em vários sectores económicos como comprovaram os investigadores que participaram no projecto SIAM.

Fonte: O Primeiro de Janeiro Online

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