domingo, 6 de julho de 2008

1878. Barragem de Sambade já enche

Já começou a encher a barragem de Sambade, em Alfândega da Fé. Vai dar de beber, em quantidade e qualidade, àquele concelho e a algumas freguesias do concelho vizinho de Vila Flor, situadas no vale da Vilariça. Esta é uma das seis grandes barragens que a empresa intermunicipal Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro (ATMAD), tem concluídas ou em fase de conclusão, em toda a região, para abastecimento público.
A de Veiguinhas, em Bragança, está em fase de Avaliação de Impacte Ambiental. A barragem de Sambade, que foi visitada por responsáveis e técnicos da empresa, está fechada desde Maio e neste momento já tem armazenados 105 mil metros cúbicos de água. "Pensamos que antes do próximo Inverno estará cheia para abastecer toda a comunidade", perspectivou Alexandre Chaves, presidente do Conselho de Administração da ATMAD. A par da barragem foi construída uma Estação de Tratamento de Água. Foram instalados também cerca de 30 quilómetros de condutas adutoras para abastecer algumas povoações.
Alexandre Chaves garante que, "a partir de Novembro", as populações que hão-de beber água de Sambade podem contar com "qualidade, quantidade, fiabilidade e segurança". A barragem foi construída pelo método de aterro, "o mais adequado a este tipo de barragens". Daí que Alexandre Chaves não tema que venha a acontecer o mesmo que na de Valtorno/Mourão, em Vila Flor, que já está a funcionar. Aquele equipamento, construído em betão, revelou fissuras algum tempo depois de entrar em funcionamento. Aberturas subterrâneas por onde se escoava alguma água. Foi necessário gastar mais 150 mil euros para resolver o problema.
Por ser construída por aterro, o presidente da ATMAD pensa o problema não se colocará a Sambade. Pelo sim, pelo não, está a decorrer a primeira fase de enchimento, que há-de revelar se houve falhas na construção. "Se os houver será necessário pôr-lhes termo", notou, observando que, até ao momento, "não há registo de qualquer perda da água armazenada".
Para além de Sambade, cuja inauguração oficial será presidida, em breve, "por quem de direito", estão também a armazenar água as barragens de Valtorno/Mourão, em Vila Flor, e Pinhão, nos limites dos concelhos de Sabrosa e Vila Pouca de Aguiar. Falta concluir e fechar a barragem das Olgas, em Torre de Moncorvo e a da Ferradosa, em Freixo de Espada à Cinta.
"Estão em estado adiantado de construção e pensamos fechá-las ainda durante este Verão", afiançou Alexandre Chaves. E revelou que a de Pretarouca, em Lamego, está concluída "até ao final deste ano". O investimento total feito pela ATMAD no abastecimento público de água em toda a região é de 250 milhões de euros.
Das 2200 origens que existiam antes de 2001 passou-se para 26. Para além das novas barragens houve intervenções para melhorar algumas existentes. "É um salto qualitativo do terceiro para o primeiro mundo", entende Alexandre Chaves. Os investimentos incidiram nos 31 concelhos que aderiram ao sistema intermunicipal de águas. De fora permanecem Carrazeda de Ansiães, Miranda do Douro, Vimioso e Penedono.
Eduardo Pinto
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