terça-feira, 8 de julho de 2008

1881. G8: Acordo para redução até 2050 de 50% das emissões de gases com efeito de estufa

Os dirigentes dos países mais industrializados do mundo chegaram hoje a acordo sobre a necessidade de uma redução até 2050 de "pelo menos 50%" das emissões mundiais de gases com efeito de estufa. Numa declaração sobre as alterações climáticas, o G8 acordou também numa definição ulterior, país por país, de objectivos a médio prazo.
O G8, incluindo os Estados Unidos, deseja "encarar e adoptar, em negociações sob a égide da ONU, o objectivo da reduzir pelo menos 50% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa daqui até 2050, reconhecendo que este desafio mundial só pode ser vencido com uma resposta global", lê-se no texto. Chegar a isso "exigirá objectivos a médio prazo e planos nacionais" de redução das emissões, acrescenta. Estes planos, a adoptar por cada país, "poderão reflectir diversas abordagens".
No ano passado, em Heiligendamm (Alemanha), o G8 limitou-se a chegar a acordo para "encarar seriamente" uma redução para metade das emissões poluentes até meados do século. Os Oito sublinharam também a importância de fixar "objectivos a médio prazo e planos nacionais" de redução das emissões, definidos país por país, sem no entanto especificar datas para esse "médio prazo" ou o valor numérico das reduções a atingir.
A União Europeia visa uma diminuição das suas emissões de 20% ou menos até 2020, data que a UNFCCC (Convenção Quadro das Nações Unidas Sobre Alterações Climáticas) desejava ter visto também figurar na declaração de Toyako.
O texto insiste na necessária "contribuição de todas as principais economias", nomeadamente dos países emergentes, como a China e a Índia, o que sempre constituiu uma reivindicação da administração norte-americana. Ao mesmo tempo, o G8 reconheceu que cabe às economias desenvolvidas desempenhar um "papel motor" na luta contra o aquecimento global.
Numa primeira reacção, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, considerou que este acordo "mantém o mundo nos carris para um acordo mundial em 2009", na conferência da ONU sobre clima em Copenhaga. "Os critérios de êxito da UE para essa cimeira foram cumpridos", congratulou-se Durão Barroso.
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