A criação da Agência de Energia da Arrábida (ENA) é, disse a presidente da Câmara Municipal, um dos indicadores da preocupação da Autarquia na implementação de políticas de máxima eficiência energética no Município. A afirmação foi feita na sessão de abertura do seminário “Alterações Climáticas e Energias Renováveis”, que decorreu na Escola Básica 2,3 de Bocage.
A autarca lembrou que a ENA é um projecto realizado em parceria com os municípios vizinhos de Palmela e Sesimbra e que, em conjunto com aquela Agência, já se está a trabalhar nos diagnósticos energéticos dos edifícios municipais e a curto prazo vão ser integradas as escolas do 1.º e 2.º ciclos. “Tenho muitas expectativas acerca dos resultados dos projectos de Educação Ambiental nas nossas escolas, porque creio estarmos a educar uma geração capaz de novos comportamentos e novos compromissos entre a necessidade de energia e de preservação da natureza”, sublinhou a edil.
A autarca lembrou que a ENA é um projecto realizado em parceria com os municípios vizinhos de Palmela e Sesimbra e que, em conjunto com aquela Agência, já se está a trabalhar nos diagnósticos energéticos dos edifícios municipais e a curto prazo vão ser integradas as escolas do 1.º e 2.º ciclos. “Tenho muitas expectativas acerca dos resultados dos projectos de Educação Ambiental nas nossas escolas, porque creio estarmos a educar uma geração capaz de novos comportamentos e novos compromissos entre a necessidade de energia e de preservação da natureza”, sublinhou a edil.
O seminário, promovido pela Câmara Municipal, deu início ao programa de Recepção à Comunidade Educativa, que se estende ao longo de todo o mês de Setembro.
“Mitos e Realidades nas Alterações Climáticas” foi o tema da primeira intervenção, a cargo da professora catedrática e investigadora do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa Maria João Alcoforado. A docente falou sobre as causas das mudanças do clima ao longo dos tempos e deu a conhecer alguns dados estatísticos.
O engenheiro mecânico e nuclear António Jardim abordou questões relacionadas com a ameaça ou oportunidade da energia nuclear. O técnico falou dos dois processos conhecidos para a produção deste tipo de energia, ambos baseados no princípio teórico descoberto por Einstein, ou seja a equivalência massa-energia, representada pela célebre fórmula E=mc2. Nas conclusões da intervenção, António Jardim salientou que “é quase indiscutível que a instalação de uma central nuclear em Portugal diminuiria fortemente a emissão de gases com efeito de estufa, bem como a dependência estratégica e económica do petróleo”. Além disso, acrescentou, a instalação de uma infra-estrutura daquele tipo “não aumentaria o preço da energia eléctrica, uma vez que só as centrais a gás a ciclo combinado têm capacidade competir de com elas [centrais nucleares] em custos de exploração”.
No entanto, António Jardim aponta o perigo, embora reduzido, de acidente nuclear, e um risco económico para o promotor de uma central deste género em caso de acidente. Entre outras observações, o engenheiro nuclear sublinhou, ainda, que a instalação de uma central nuclear em Portugal poderia traduzir-se em ameaça, uma vez que “obriga a agir activamente no reprocessamento e armazenagem de resíduos”.
António Jardim crê que as centrais nucleares podem ser uma solução em alguns casos. “Para países com uma rede grande, bem desenvolvida e interligada e que tenham sistemas de inspecção e controlo credíveis, não me parece que a opção Central Nuclear seja de excluir”.
“Bio-combustíveis e recolha selectiva de óleos alimentares”, “Projecto Eco-Casa e Educação Ambiental” e “Educação Ambiental na Câmara Municipal de Setúbal – Plano de Actividades 2008/2009” foram outros assuntos abordados no encontro. O encerramento do seminário esteve a cargo vereador Rui Higino.
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Fonte: Rostos
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