sábado, 29 de maio de 2010

2998. Golfo do México: Operação Top Kill

Enquanto Barack Obama visitava a região afectada pela maré negra, a BP prosseguia a operação para tentar tapar a fuga de petróleo, no fundo do Golfo do México. A expectativa continua e Tony Hayward da petrolífera britânica mostrou-se cauteloso quanto ao resultado da complexa tarefa, que tardará mais uns dias. “Progredimos. Estamos a seguir todos os procedimentos. Demonstrámos que pode resultar e alcançámos algum sucesso mas até estar feito, nada está garantido”.
A operação, denominada de “Top Kill”, começou há três dias e está a ser realizada a 1500 metros de profundidade. A tarefa consiste em depositar um bloco de distribuição debaixo de água. Ao mesmo tempo, na superfície, a plataforma que é alimentada por navios, está ligada ao poço por dois tubos: um envia a lama para interceptar o fluxo de petróleo. O outro serve para injectar o cimento para selar o poço.
A fuga dura há mais de um mês. Segundo especialistas mandatados pela administração americana, o derrame atingiu os 2 a 3 milhões de litros de crude por dia, desde 22 de Abril. A maré negra ultrapassou todas as previsões e já se tornou no maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.
O estado da Luisiana recebeu, ontem, pela segunda vez, a visita do presidente dos Estados Unidos. Barack Obama quis avaliar no local os danos do derrame de petróleo no Golfo do México. A maré negra criada pela explosão de uma plataforma petrolífera da BP arrasou a economia local. Obama prometeu que não vai deixar a comunidade ao abandono.
“Em última instância assumo a responsabilidade pela resolução desta crise porque sou o Presidente. Por isso, dou minha palavra às pessoas desta comunidade e de todo o Golfo, que vamos fazer o que for necessário, durante o tempo que for preciso para acabar com esta catástrofe”.
A costa da Luisiana é a mais afectada. Dos 640 quilómetros de linha costeira 160 estão impróprios para o que quer que seja. Com o verão à porta, o lazer e o turismo começam a ressentir-se. Os habitantes revelam o descontentamento.
“Penso que as pessoas perderam toda a esperança e do que ele prometeu não se têm visto melhorias”. “A meu ver não é que seja o presidente a resolver pessoalmente a situação mas penso que é da sua responsabilidade apontar alguém responsável que nos possa dar respostas”.
No meio do enorme desastre ambiental há quem encontre a criatividade para compor letras que esperam ajudar a mudar a mentalidade.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Fonte (Texto e imagem): EuroNews

Sem comentários: