A desflorestação na Amazónia é um problema ambiental, que contribuiu para a perda da biodiversidade e causa danos irreversíveis ao maior pulmão da Terra. Mas não é só isso – o que já não seria pouco. Dois investigadores da universidade norte-americana de Wisconsin e do Nelson Institute para estudos ambientais, também nos Estados Unidos, avaliaram agora o seu impacto na saúde e descobriram que os episódios de desflorestação na região estão associados a surtos de malária. Ou seja, a destruição da floresta tropical também é um problema de saúde humana.
No estudo, publicado na revista científica Emerging Infectious Diseases, os investigadores Sarah Olson e Jonathan Patz avaliaram a incidência da malária em 54 zonas da Amazónia brasileira, combinaram essa informação com a de imagens de satélite de alta resolução das áreas de floresta abatida e chegaram à conclusão de que a limpeza de extensões de floresta tropical aumenta em 50 por cento a incidência de malária nessas mesmas regiões.
"Aparentemente, a desflorestação é um dos factores ecológicos iniciais que desencadeia surtos de malária", explicou Sarah Olson, do Nelson Institute para estudos ambientais, e a principal autora do estudo. O motivo acaba por ser evidente: de acordo com os dois investigadores, o abate de floresta cria as condições que favorecem a multiplicação e expansão do vector da malária, o mosquito Anopheles. Quando as fêmeas deste mosquito estão infectadas com o parasita Plasmodium, que causa a doença, a sua picada transmite a doença aos seres humanos. "As zonas desflorestadas, com mais espaços abertos e zonas com extensões de água, que assim recebem mais luz do sol, fornecem o habitat ideal para os mosquitos proliferarem", sublinhou Sarah Olson.
Numa investigação anterior sobre o mosquito transmissor da malária, na região peruana da Amazónia, os dois investigadores já haviam demonstrado a expansão das larvas deste mosquito em zonas aquáticas de habitats sujeitos a desbaste florestal. "Este novo estudo complementa o anterior", adiantou por seu turno Jonathan Patz, notando que "uma diminuição de quatro por cento na cobertura da floresta está associada a um aumento de 48 por cento de incidência da malária nas 54 zonas agora observadas". O mesmo cientista explicou que os dados relativos à saúde, recolhidos por autores brasileiros, eram de "grande qualidade", bem como as imagens de satélite, que permitiram identificar as zonas de populações com malária. E estas, como verificaram os dois investigadores, eram adjacentes às zonas desflorestadas, ao longo dos braços do rio.
No estudo, publicado na revista científica Emerging Infectious Diseases, os investigadores Sarah Olson e Jonathan Patz avaliaram a incidência da malária em 54 zonas da Amazónia brasileira, combinaram essa informação com a de imagens de satélite de alta resolução das áreas de floresta abatida e chegaram à conclusão de que a limpeza de extensões de floresta tropical aumenta em 50 por cento a incidência de malária nessas mesmas regiões.
"Aparentemente, a desflorestação é um dos factores ecológicos iniciais que desencadeia surtos de malária", explicou Sarah Olson, do Nelson Institute para estudos ambientais, e a principal autora do estudo. O motivo acaba por ser evidente: de acordo com os dois investigadores, o abate de floresta cria as condições que favorecem a multiplicação e expansão do vector da malária, o mosquito Anopheles. Quando as fêmeas deste mosquito estão infectadas com o parasita Plasmodium, que causa a doença, a sua picada transmite a doença aos seres humanos. "As zonas desflorestadas, com mais espaços abertos e zonas com extensões de água, que assim recebem mais luz do sol, fornecem o habitat ideal para os mosquitos proliferarem", sublinhou Sarah Olson.
Numa investigação anterior sobre o mosquito transmissor da malária, na região peruana da Amazónia, os dois investigadores já haviam demonstrado a expansão das larvas deste mosquito em zonas aquáticas de habitats sujeitos a desbaste florestal. "Este novo estudo complementa o anterior", adiantou por seu turno Jonathan Patz, notando que "uma diminuição de quatro por cento na cobertura da floresta está associada a um aumento de 48 por cento de incidência da malária nas 54 zonas agora observadas". O mesmo cientista explicou que os dados relativos à saúde, recolhidos por autores brasileiros, eram de "grande qualidade", bem como as imagens de satélite, que permitiram identificar as zonas de populações com malária. E estas, como verificaram os dois investigadores, eram adjacentes às zonas desflorestadas, ao longo dos braços do rio.
Filomena Naves
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * *Fonte (Texto e imagem): DN
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