O geógrafo Luís Zêzere, da Universidade de Lisboa, identificou as cheias, as derrocadas e um eventual sismo como os riscos naturais mais prováveis em Lisboa e defendeu limites à construção nas zonas onde as inundações são mais prováveis, noticia a Lusa.
O investigador analisou a possibilidade de acontecerem na AML (Área Metropolitana de Lisboa) riscos naturais como inundação por tsunami, sismo, erosão do litoral, movimentos de massa em vertentes, cheias e inundações, incêndios florestais e riscos tecnológicos, definindo quais os territórios onde é mais provável que ocorram estes fenómenos. Concluiu que os riscos mais problemáticos são as cheias, as derrocadas e a possibilidade de um sismo.
Para o geógrafo, a solução para evitar tragédias em caso de cheias ou derrocadas, é simples, basta proibir a construção em zonas onde existe uma probabilidade elevada de ocorrerem. As baixas de Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira, Alhandra e Alverca, por exemplo, são «sítios muito expostos às cheias e inundações».
«A solução é claramente não edificar mais. As cheias ocorrem em zonas muito mais delimitadas e é fácil evitá-las, porque são até áreas com outros tipos de interesses, onde podemos ter parques urbanos, ou agricultura, ou outro tipo de utilização», disse à Lusa, criticando o facto de a expansão da construção nas zonas perigosas não ter abrandado na última década. De acordo com o geógrafo, há ainda um perigo frequente na AML, que é a instabilidade das vertentes e os deslizamentos, que se sucederam neste Inverno.
«É o caso da encosta de Campolide ou do caso da derrocada que interrompeu a CREL durante três meses», exemplificou, salientando que este risco atinge sobretudo os concelhos de Loures, Vila Franca de Xira, Mafra e, já fora da AML, Arruda dos Vinhos.
Para o geógrafo, a solução para evitar tragédias em caso de cheias ou derrocadas, é simples, basta proibir a construção em zonas onde existe uma probabilidade elevada de ocorrerem. As baixas de Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira, Alhandra e Alverca, por exemplo, são «sítios muito expostos às cheias e inundações».
«A solução é claramente não edificar mais. As cheias ocorrem em zonas muito mais delimitadas e é fácil evitá-las, porque são até áreas com outros tipos de interesses, onde podemos ter parques urbanos, ou agricultura, ou outro tipo de utilização», disse à Lusa, criticando o facto de a expansão da construção nas zonas perigosas não ter abrandado na última década. De acordo com o geógrafo, há ainda um perigo frequente na AML, que é a instabilidade das vertentes e os deslizamentos, que se sucederam neste Inverno.
«É o caso da encosta de Campolide ou do caso da derrocada que interrompeu a CREL durante três meses», exemplificou, salientando que este risco atinge sobretudo os concelhos de Loures, Vila Franca de Xira, Mafra e, já fora da AML, Arruda dos Vinhos.
Para o investigador, já a solução para mitigar o risco sísmico não passa por deixar de construir. Zêzere considerou que Portugal tem uma boa lei a reger a construção anti-sísmica no país, que vem já desde os anos 80. «Partindo do princípio de que esta lei está a ser cumprida, não é suposto que tenhamos muitos problemas para a construção posterior a 1983. No entanto, não é seguro que isto aconteça, porque, em abono da verdade, a fiscalização não é muito eficaz e só saberemos se as regras anti-sísmicas estarão a ser cumpridas quando houver um sismo grande», considerou.
Em caso de sismo, «muitos dos edifícios anteriores à lei vão seguramente cair», afirmou. «Quando um sismo afectar Lisboa, a perda de vidas humanas vai depender de o sismo ocorrer de dia ou de noite, durante a semana ou ao final de semana, porque há muita gente a trabalhar em Lisboa, mas muito pouca gente dorme em Lisboa», declarou.
Actualmente já há soluções para reforçar os edifícios contra os sismos, «mas ainda é uma coisa cara, pelo que tem de ser feita com algum critério». «A Assembleia da República, neste momento, está perfeitamente protegida e em caso de investida sísmica não deve cair. Mas como não há dinheiro para pagar o alargamento a todos os edifícios, seria bom protegermos os quartéis de bombeiros, os hospitais e os centros de saúde, por exemplo, porque é suposto contarmos com eles em caso de emergência», concluiu.
Em caso de sismo, «muitos dos edifícios anteriores à lei vão seguramente cair», afirmou. «Quando um sismo afectar Lisboa, a perda de vidas humanas vai depender de o sismo ocorrer de dia ou de noite, durante a semana ou ao final de semana, porque há muita gente a trabalhar em Lisboa, mas muito pouca gente dorme em Lisboa», declarou.
Actualmente já há soluções para reforçar os edifícios contra os sismos, «mas ainda é uma coisa cara, pelo que tem de ser feita com algum critério». «A Assembleia da República, neste momento, está perfeitamente protegida e em caso de investida sísmica não deve cair. Mas como não há dinheiro para pagar o alargamento a todos os edifícios, seria bom protegermos os quartéis de bombeiros, os hospitais e os centros de saúde, por exemplo, porque é suposto contarmos com eles em caso de emergência», concluiu.
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Fonte: TVI 24
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