Uma rede de sensores desenvolvida pelo professor Jó Ueyama, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), em São Carlos, poderá alertar a Defesa Civil e outras autoridades para inundações iminentes. O projecto desenvolvido pelo cientista ainda é capaz de medir a poluição nos rios. As informações são da Agência Fapesp.
Segundo o professor, a poluição pode ser avaliada pela condutividade eléctrica da água – quanto mais limpa, menos electricidade a água pode conduzir. Ueyama afirma que a pesquisa para o desenvolvimento da rede de sensores surgiu a partir da sugestão do inglês Daniel Hughes, enquanto os dois cursavam doutorado na Universidade de Lancaster (onde Ueyama esteve entre 2002 e 2006), no Reino Unido.
O inglês desenvolveu um sistema de monitorização de enchentes para os rios britânicos. "Na época, pensei na viabilidade de trazer essa ideia para o Brasil, que também sofre muito com enchentes", disse Ueyama à agência. A rede brasileira utiliza outro sensor e outro software, além de ser capaz de medir a poluição e de ter um sensor para detectar tentativas de furto do aparelho – quando "percebe" um movimento estranho, não natural, o equipamento emite um alerta para uma central.
Outro sensor, submerso, é capaz de detectar variações de centímetros no nível da água através da pressão. Painéis solares geram a energia que alimenta o sistema. Uma unidade central de processamento, pouco maior que uma caixa de fósforos, emite dados a uma distância máxima de 200 m e também pode contar com um aparelho de GPRS, que transmite dados por uma rede de telefonia celular.
"Equipado com GPRS, o sensor poderia enviar mensagens de texto aos telefones celulares da Defesa Civil ou dos moradores de áreas de risco, alertando sobre uma enchente iminente", disse o professor da USP à agência.
Na prática – Um projecto para a instalação da rede foi apresentado ao governo do Estado de São Paulo em Maio e propõe a instalação de, pelo menos, 10 kits de monitorização no rio Tietê, entre a ponte da Casa Verde e a ponte das Bandeiras. O pesquisador afirma ainda que o sistema poderia ser aplicado em outros Estados, já que utiliza software livre, que pode ser modificado sem custos para atender cada região.
Detector de gás metano e radioactividade – Ueyama afirma que agora trabalha no aprimoramento do sistema, que poderia contar com detector de gás metano (para medir a quantidade de coliformes fecais presentes na água) e até de radioactividade, já que caminhões que passam na marginal Tietê podem vazar produtos radioactivos na atmosfera. Além disso, ele procura materiais de maior resistência para a produção dos sensores, já que a poluição do rio pode causar corrosão nos actuais.
Segundo o professor, a poluição pode ser avaliada pela condutividade eléctrica da água – quanto mais limpa, menos electricidade a água pode conduzir. Ueyama afirma que a pesquisa para o desenvolvimento da rede de sensores surgiu a partir da sugestão do inglês Daniel Hughes, enquanto os dois cursavam doutorado na Universidade de Lancaster (onde Ueyama esteve entre 2002 e 2006), no Reino Unido.
O inglês desenvolveu um sistema de monitorização de enchentes para os rios britânicos. "Na época, pensei na viabilidade de trazer essa ideia para o Brasil, que também sofre muito com enchentes", disse Ueyama à agência. A rede brasileira utiliza outro sensor e outro software, além de ser capaz de medir a poluição e de ter um sensor para detectar tentativas de furto do aparelho – quando "percebe" um movimento estranho, não natural, o equipamento emite um alerta para uma central.
Outro sensor, submerso, é capaz de detectar variações de centímetros no nível da água através da pressão. Painéis solares geram a energia que alimenta o sistema. Uma unidade central de processamento, pouco maior que uma caixa de fósforos, emite dados a uma distância máxima de 200 m e também pode contar com um aparelho de GPRS, que transmite dados por uma rede de telefonia celular.
"Equipado com GPRS, o sensor poderia enviar mensagens de texto aos telefones celulares da Defesa Civil ou dos moradores de áreas de risco, alertando sobre uma enchente iminente", disse o professor da USP à agência.
Na prática – Um projecto para a instalação da rede foi apresentado ao governo do Estado de São Paulo em Maio e propõe a instalação de, pelo menos, 10 kits de monitorização no rio Tietê, entre a ponte da Casa Verde e a ponte das Bandeiras. O pesquisador afirma ainda que o sistema poderia ser aplicado em outros Estados, já que utiliza software livre, que pode ser modificado sem custos para atender cada região.
Detector de gás metano e radioactividade – Ueyama afirma que agora trabalha no aprimoramento do sistema, que poderia contar com detector de gás metano (para medir a quantidade de coliformes fecais presentes na água) e até de radioactividade, já que caminhões que passam na marginal Tietê podem vazar produtos radioactivos na atmosfera. Além disso, ele procura materiais de maior resistência para a produção dos sensores, já que a poluição do rio pode causar corrosão nos actuais.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Fonte (Texto e imagem): Terra
Sem comentários:
Enviar um comentário