A topografia da paisagem local é caracterizada basicamente pelas montanhas íngremes e pelas ravinas profundas. Ambas as formas aparecem muito nitidamente na imagem acima, que fornece uma visão ampla das comunidades afectadas pelas inundações. A ilha da Madeira aumenta acentuadamente para o seu interior, onde o seu pico mais elevado atinge uma altitude de 1.862 metros (6.100 pés). O declive do terreno assegura que a água vai escorrer pelas montanhas até ao litoral durante as tempestades extremas, como a que atingiu a ilha em 20 de Fevereiro; deslizamentos ocasionais nas encostas íngremes são inevitáveis.
As profundas ravinas da ilha determinam o caminho que a água habitualmente percorre em direcção ao mar. Na sombra do sol da manhã, as ravinas são como rugas escuras que se espalham a partir do centro da ilha nesta imagem. As cidades, identificas nas imagens pela cor terracota dos telhados, são construídas principalmente entorno das ravinas, com duas excepções notáveis. A pequena vila da Ribeira Brava fica na boca de um grande desfiladeiro que se estende do centro da ilha. A cidade experimentou inundações e deslizamentos mortais em 20 de Fevereiro.
A segunda excepção é Funchal, capital da Ilha, mostrada na imagem acima, em detalhe. Três rios correm das montanhas para a cidade. As ravinas profundas que trazem dois dos rios para a cidade são evidentes na imagem. Os rios são margeados por algumas das principais estradas da cidade, formando um "v" ao se encontrarem perto do porto. Estes rios agem como um funil, trazendo a enchente para o centro da cidade antes de enterrar o porto. Funchal também sofreu danos severos na parte alta da cidade, onde a enchente arrastou carros e casas, e causou deslizamentos de terra nas encostas íngremes das montanhas.
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Fonte: Rascunho Geo ©
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