A partir de hoje e durante seis dias, três mil delegados vindos de 190 países estão reunidos em Tianjin, no Norte da China, na última ronda de negociações climáticas antes da cimeira das Nações Unidas em Cancun, México, no final de Novembro. “Podem continuar em ‘ponto morto’ ou avançar. É tempo de escolherem”, exortou Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, na sessão de abertura das negociações. Em Cancun, de 29 de Novembro a 10 de Dezembro, “é necessário e urgente um resultado concreto”, advertiu.
Cerca de um ano depois do quase fracasso da conferência de Copenhaga, trata-se de “recuperar a confiança na capacidade das partes em fazer o processo avançar” e “impedir que os desacordos permanentes resultem numa inacção inaceitável”. O fundo para ajudar os países mais vulneráveis e o lançamento de um mecanismo para travar a desflorestação são algumas das questões que deverão ficar resolvidas em Tianjin, informou a costa-riquenha. Mas há um grupo de assuntos “cruciais e que não avançam”. Aqui incluem-se o futuro do Protocolo de Quioto (cujo período de cumprimento termina em 2012) e os próximos objectivos nacionais de redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE).
O acordo de Copenhaga – documento político negociado por alguns chefes de Estado – fixa como objectivo limitar o aumento da temperatura média do planeta nos 2ºC. No entanto, não propõe datas e é evasivo relativamente aos meios para lá chegar. Os compromissos assumidos no início do ano pelos diferentes Governos são insuficientes para atingir esse objectivo. “Peço-vos para mostrarem flexibilidade e para terem um espírito de compromisso”, disse Figueres. O objectivo final será chegar a acordo sobre um tratado que substitua o Protocolo de Quioto e que seja selado no final de 2011 na África do Sul.
Espera-se que saia de Tianjin um esboço de documento que será debatido e trabalhado em Cancun. Mas especialistas e organizações não governamentais não esperam grandes avanços em Tianjin, uma vez que persiste uma forte oposição entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. “As nossas esperanças não são muito elevadas porque não detectamos nos Governos uma verdadeira vontade para fazer avançar as negociações”, comentou Wendel Trio, director das campanhas climáticas da organização Greenpeace.
Asad Rehman, da organização Amigos da Terra, salientou que há um grupo de países desenvolvidos que estão a dificultar as negociações. "O futuro do Protocolo de Quioto está em risco por causa das tentativas dos Estados Unidos em enfraquecer as negociações internacionais para travar as alterações climáticas. E agora, outros países – incluindo a Austrália e o Japão – estão a pôr em cima da mesa os compromissos voluntários de redução de emissões mais baixos possível", comentou, citado pela BBC online.
Esta é a primeira vez que a China, o maior emissor mundial de GEE, acolhe uma conferência sobre o clima. “Consideramos significativo que a China queira ser um participante activo e queira contribuir para as negociações”, comentou Barbara Finamore, que dirige na China o programa do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC), uma organização ecologista. Ainda assim, os observadores receiam que a China queira usar estas negociações como uma montra do seu esforço em prol das energias renováveis e que se mantenha contra metas vinculativas de redução de GEE.
Cerca de um ano depois do quase fracasso da conferência de Copenhaga, trata-se de “recuperar a confiança na capacidade das partes em fazer o processo avançar” e “impedir que os desacordos permanentes resultem numa inacção inaceitável”. O fundo para ajudar os países mais vulneráveis e o lançamento de um mecanismo para travar a desflorestação são algumas das questões que deverão ficar resolvidas em Tianjin, informou a costa-riquenha. Mas há um grupo de assuntos “cruciais e que não avançam”. Aqui incluem-se o futuro do Protocolo de Quioto (cujo período de cumprimento termina em 2012) e os próximos objectivos nacionais de redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE).
O acordo de Copenhaga – documento político negociado por alguns chefes de Estado – fixa como objectivo limitar o aumento da temperatura média do planeta nos 2ºC. No entanto, não propõe datas e é evasivo relativamente aos meios para lá chegar. Os compromissos assumidos no início do ano pelos diferentes Governos são insuficientes para atingir esse objectivo. “Peço-vos para mostrarem flexibilidade e para terem um espírito de compromisso”, disse Figueres. O objectivo final será chegar a acordo sobre um tratado que substitua o Protocolo de Quioto e que seja selado no final de 2011 na África do Sul.
Espera-se que saia de Tianjin um esboço de documento que será debatido e trabalhado em Cancun. Mas especialistas e organizações não governamentais não esperam grandes avanços em Tianjin, uma vez que persiste uma forte oposição entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. “As nossas esperanças não são muito elevadas porque não detectamos nos Governos uma verdadeira vontade para fazer avançar as negociações”, comentou Wendel Trio, director das campanhas climáticas da organização Greenpeace.
Asad Rehman, da organização Amigos da Terra, salientou que há um grupo de países desenvolvidos que estão a dificultar as negociações. "O futuro do Protocolo de Quioto está em risco por causa das tentativas dos Estados Unidos em enfraquecer as negociações internacionais para travar as alterações climáticas. E agora, outros países – incluindo a Austrália e o Japão – estão a pôr em cima da mesa os compromissos voluntários de redução de emissões mais baixos possível", comentou, citado pela BBC online.
Esta é a primeira vez que a China, o maior emissor mundial de GEE, acolhe uma conferência sobre o clima. “Consideramos significativo que a China queira ser um participante activo e queira contribuir para as negociações”, comentou Barbara Finamore, que dirige na China o programa do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC), uma organização ecologista. Ainda assim, os observadores receiam que a China queira usar estas negociações como uma montra do seu esforço em prol das energias renováveis e que se mantenha contra metas vinculativas de redução de GEE.
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Fonte: PÚBLICO (Ecosfera)
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