Radar Meteorológico
(Máximas de Reflectividade às 13h40)
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Ventos fortes provocaram na tarde desta sexta-feira a
destruição de várias árvores e danos no parque de campismo de Lagoa. A zona de
Silves foi também afectada. A Protecção Civil contabiliza para já oito feridos,
dois deles em estado grave.
Margarida Gonçalves, do Instituto de Meteorologia,
explicou que não há informações suficientes que levem a que seja classificado
como tornado aquilo que se passou no Algarve, apesar do fenómeno ter
características semelhantes ao de um. Questionada sobre os vídeos que começam a
ser publicados nas redes sociais, que mostram um remoinho de grandes dimensões
sobre o mar na costa algarvia, Margarida Gonçalves insistiu que “só dentro de
dias, e após reunido o máximo de informação, é que haverá uma
conclusão”.
O Instituto de Meteorologia admite que nas próximas
horas o “vento extremo”, acompanhado por “precipitação forte”, continue a
registar-se “principalmente na zona sul do país”, onde esta tarde “uma massa de
ar instável” pode ter tornado “propícia a ocorrência de um tornado”. Este vento
forte poderá estender-se aos distritos de Beja e Setúbal. Até ao início da manhã
de sábado, estas condições meteorológicas vão manter-se, segundo o Instituto de
Meteorologia.
No parque de campismo de Lagoa caíram várias árvores e
algumas viaturas e autocaravanas ficaram viradas ao contrário. Pessoas que se
encontravam no parque terão sofrido ferimentos e estão a ser transportadas para
unidades de saúde. Também em Silves, há registo de feridos. O INEM confirmou ao
PÚBLICO que pelo menos dez pessoas sofreram ferimentos ligeiros após a passagem
do tornado. Patrícia Gaspar, adjunta de operações do Comando Nacional da
Protecção Civil, indicou à Lusa que oito pessoas ficaram feridas, duas com
gravidade. Três feridos, dois deles graves, são da zona de Silves e cinco de
Lagoa.
Na baixa de Silves, há montras partidas, carros
destruídos e casas danificadas. A clarabóia e janelas da Câmara de Silves
ficaram danificadas. Uma autocaravana foi levantada com a força do vento, tendo
percorrido vários metros no ar até cair sobre viaturas que se encontravam
estacionadas mais à frente, contaram testemunhas ao PÚBLICO. O casal que se
encontrava no interior sofreu apenas ferimentos ligeiros.
Os bombeiros iniciaram a meio da tarde operações de
limpeza das vias, nomeadamente a remoção de árvores e de sinalética rodoviária.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil avança no seu site que devido a
“condições meteorológicas adversas” foram verificados “danos em vários veículos,
habitações e uma escola”.
Fonte da Câmara de Lagoa avançou à Lusa que foram
registados estragos sobretudo nas zonas sul e oeste da cidade que ainda estão a
ser apurados. Na estrada nacional 125, junto à entrada para Lagoa, a agência
Lusa constatou existirem árvores, placas de trânsito e “outdoors” publicitários
derrubados, além de telhados danificados. A circulação ferroviária está
interrompida em São Marcos da Serra, Silves.
No terreno estão mais de 200 bombeiros, apoiados por
70 viaturas. Foram ainda accionados dois helicópteros de socorro e assistência
para missão de reconhecimento e avaliação.
Cláudia Bancaleiro, Idálio Revez
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Fonte: PÚBLICO
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