sexta-feira, 16 de novembro de 2012

4098. ALGARVE: Tempo severo

Radar Meteorológico
(Máximas de Reflectividade às 13h40)
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Ventos fortes provocaram na tarde desta sexta-feira a destruição de várias árvores e danos no parque de campismo de Lagoa. A zona de Silves foi também afectada. A Protecção Civil contabiliza para já oito feridos, dois deles em estado grave.
Margarida Gonçalves, do Instituto de Meteorologia, explicou que não há informações suficientes que levem a que seja classificado como tornado aquilo que se passou no Algarve, apesar do fenómeno ter características semelhantes ao de um. Questionada sobre os vídeos que começam a ser publicados nas redes sociais, que mostram um remoinho de grandes dimensões sobre o mar na costa algarvia, Margarida Gonçalves insistiu que “só dentro de dias, e após reunido o máximo de informação, é que haverá uma conclusão”.
O Instituto de Meteorologia admite que nas próximas horas o “vento extremo”, acompanhado por “precipitação forte”, continue a registar-se “principalmente na zona sul do país”, onde esta tarde “uma massa de ar instável” pode ter tornado “propícia a ocorrência de um tornado”. Este vento forte poderá estender-se aos distritos de Beja e Setúbal. Até ao início da manhã de sábado, estas condições meteorológicas vão manter-se, segundo o Instituto de Meteorologia.
No parque de campismo de Lagoa caíram várias árvores e algumas viaturas e autocaravanas ficaram viradas ao contrário. Pessoas que se encontravam no parque terão sofrido ferimentos e estão a ser transportadas para unidades de saúde. Também em Silves, há registo de feridos. O INEM confirmou ao PÚBLICO que pelo menos dez pessoas sofreram ferimentos ligeiros após a passagem do tornado. Patrícia Gaspar, adjunta de operações do Comando Nacional da Protecção Civil, indicou à Lusa que oito pessoas ficaram feridas, duas com gravidade. Três feridos, dois deles graves, são da zona de Silves e cinco de Lagoa.
Na baixa de Silves, há montras partidas, carros destruídos e casas danificadas. A clarabóia e janelas da Câmara de Silves ficaram danificadas. Uma autocaravana foi levantada com a força do vento, tendo percorrido vários metros no ar até cair sobre viaturas que se encontravam estacionadas mais à frente, contaram testemunhas ao PÚBLICO. O casal que se encontrava no interior sofreu apenas ferimentos ligeiros.
Os bombeiros iniciaram a meio da tarde operações de limpeza das vias, nomeadamente a remoção de árvores e de sinalética rodoviária. A Autoridade Nacional de Protecção Civil avança no seu site que devido a “condições meteorológicas adversas” foram verificados “danos em vários veículos, habitações e uma escola”.
Fonte da Câmara de Lagoa avançou à Lusa que foram registados estragos sobretudo nas zonas sul e oeste da cidade que ainda estão a ser apurados. Na estrada nacional 125, junto à entrada para Lagoa, a agência Lusa constatou existirem árvores, placas de trânsito e “outdoors” publicitários derrubados, além de telhados danificados. A circulação ferroviária está interrompida em São Marcos da Serra, Silves.
No terreno estão mais de 200 bombeiros, apoiados por 70 viaturas. Foram ainda accionados dois helicópteros de socorro e assistência para missão de reconhecimento e avaliação.
Cláudia Bancaleiro, Idálio Revez
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Fonte: PÚBLICO

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