Perante o quadro
meteorológico previsto para a precipitação, todas as bacias hidrográficas do
Norte e Centro apresentam potencial para subidas significativas de caudal, em
particular:
Bacia do rio Lima: Apesar da capacidade de encaixe existente na barragem do Alto
Lindoso (a qual se encontra a 63%), podem ocorrer inundações nas zonas
historicamente mais vulneráveis, designadamente Ponte da Barca, Ponte de Lima e
Arcos de Valdevez (neste caso por acção do rio Vez).
Bacia do rio Cávado: barragens da Caniçada (86%) e de Vilarinho das furnas (82%) sem
grande capacidade de encaixe. Face à precipitação prevista, não é de excluir a
hipótese de serem atingidos caudais próximos dos valores de referência para
inundações em alguns locais;
Bacia do Douro: Bacia com reduzida capacidade de controlo de cheias no troço principal e com vários afluentes não controlados na margem direita (rio Sousa, rio Corgo e rio Pinhão) e esquerda (rio Paiva), que podem contribuir significativamente para o aumento de caudal devido à forte precipitação prevista para as próximas 48h para os distritos a Norte. Nos afluentes controlados, barragem do Torrão a 79% (rio Tâmega) e barragem de Tabuaço a 58% (rio Távora).
Bacia do rio Vouga: Observa-se ligeira descida nas últimas horas da cota na estação
da Ponte de Águeda. Face ao novo quadro meteorológico, antevê-se acentuada
subida do nível do rio.
Bacia do rio Mondego – grande parte da bacia encontra-se a jusante das principais
barragens (Aguieira e Alto Ceira), e portanto não regularizada, exposta ao
aumento do caudal previsto para as linhas de água.
Bacia do rio Tejo – Barragem de Castelo de Bode com 82% de enchimento, mas com
maior capacidade de armazenamento a montante, nomeadamente na Barragem do
Cabril a (61%). Evolução dos caudais dependente da distribuição geográfica da
precipitação, merecendo especial atenção a sub-bacia do rio Nabão.
Bacias urbanas e em particular aquelas em que se faça sentir o efeito de maré (especialmente nos distritos de Leiria, Lisboa, Setúbal e Faro), não é de excluir situações de galgamento de leitos de rio e ocorrência de cheias rápidas.
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FONTE: ANEPC/APA
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