As superluas acontecem quando o satélite, em fase de lua cheia, fica junto do ponto mais próximo à Terra da sua órbita. Esta quarta-feira atinge o perigeu, quando a Terra e a Lua estão o mais perto possível. "A distância média da Terra à Lua é de cerca de 400 mil quilómetros, hoje está sensivelmente a cerca de 356 mil quilómetros da Terra. O seu diâmetro estará 14% maior e o satélite 30% mais brilhante", explica o investigador do Instituto Astrofísico e Ciências do Espaço do Porto, Pedro Machado.
Nem tudo são boas notícias, "a lua vai estar sincronizada com o eclipse total, só que pela hora a que acontece (por volta do meio dia em Portugal) "não será possível ver" lamentou o especialista. O eclipse só será visível em partes da Ásia, Estados Unidos, Brasil e Oceânia. Mesmo assim o espectáculo "vai valer a pena" garante o professor. "A lua vai estar maior, principalmente ao nascer (a partir das 21.14 horas em Portugal continental) e ainda irá ficar avermelhada. A chamada lua de sangue. Acontece porque "a luz que vai iluminar a Lua ao passar ao longo da atmosfera da Terra vai perder os tons azuis, chegando à lua apenas com os amarelos, laranjas e vermelhos, o que lhe dá tonalidade vermelha e nomenclatura", explica Pedro Machado. Mas existe uma denominação mais moderna: "Lua das flores", por ser primavera.
"Aconselho as pessoas a verem a lua o mais perto possível do seu nascer. O facto de estar maior e mais avermelhada nota-se mais quando a lua está no horizonte", justifica. Para quem não puder assistir ao fenómeno hoje, saiba que na quinta-feira, por volta das 22.15 horas também vai ser possível ver.
Vanessa Pereira
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Fonte: Jornal de Notícias
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