A onda de calor que assola o território português, que ultrapassou já um máximo histórico em termos de duração, vai terminar a partir desta quinta-feira. De acordo com fonte do Instituto de Meteorologia, as temperaturas vão sofrer descidas na ordem dos cinco a seis graus até domingo. A partir de segunda-feira da próxima semana, acrescentou a mesma fonte, as temperaturas voltam a subir, mas sem ultrapassarem os valores normais da época.
A onda de calor, que começou a 29
de Julho, ultrapassou anteriores vagas, não só em duração, como em termos de
valores máximos alcançados.
Fátima Espírito Santo, do Instituto de Meteorologia, disse à Lusa que a vaga de
calor de 1991 durou dez dias e a de 1995 oito ou nove dias. Por outro lado,
acrescentou, e apesar de, em termos técnicos, só se poder falar de onda de
calor no interior norte e centro, bem como no Alentejo, vários valores
absolutos foram ultrapassados este ano, a maior parte no dia 1 de Agosto.
Nesse dia, a canícula atingiu o
seu auge, tendo os termómetros subido até aos 47,3 graus na Amareleja, o maior
valor alguma vez registado em Portugal.
Mas os recordes não se ficaram pela Amareleja. Nesse mesmo dia o observatório
do Instituto de Geofísica, em Lisboa, registava o seu máximo histórico, com
41,7 graus (41,5 era o seu máximo anterior).
Ainda nesse 1 de Agosto, outros máximos históricos eram batidos um pouco por todo o país: Évora registava 44,5 graus (o anterior máximo era de 42,9), Beja 45,4 (45,2), Santarém 45,2 (42,2) e Sagres 39,5 (36,2).
Por outro lado, na madrugada de 1 de Agosto, registou-se a temperatura mínima mais alta até agora registada: 30,7 graus em Portalegre. A 7 de Agosto, Viana do Castelo conheceu também o seu máximo histórico: 39,5 graus, superando em quase um grau a sua anterior máxima, que foi de 38,6 graus.
Jornal O Mirante (Arquivo: Edição de 14-08-2003)
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