Numa altura em que oito dos 18 distritos de Portugal continental — no interior norte e centro — se mantêm sob aviso vermelho, as autoridades continuam a alertar para cuidados máximos. Dois dos incêndios que causavam maior preocupação nas últimas horas foram dados como dominados — o de Palmela e o que começou em Oliveira de Azeméis e alastrou para o concelho de Albergaria-a-Velha —, o que não significa que estejam extintos. E o fogo que começou em Faro, mais concretamente em Gambelas, e que depois se alastrou a Loulé, entrou em fase de resolução às 9h19.
Aqui fica um ponto de situação com os principais desenvolvimentos do combate aos incêndios em Portugal, num dia que, segundo o primeiro-ministro, António Costa, será o mais grave do ponto de vista de aumento das temperaturas. Por isso, alerta, é necessário ter “mais cuidado”.
Um ponto de situação da Protecção Civil por volta do meio-dia deu conta de operações que ainda mobilizavam 1.661 operacionais, 477 meios terrestres e 25 meios aéreos.
Pelas 13h, o distrito que mobilizava mais operacionais era o de Leiria, onde quatro incêndios (três activos e um em conclusão) estavam a ser combatidos por 904 pessoas, 253 meios terrestres e nove meios aéreos. Aí, é o fogo de Pombal que mais meios mobiliza: 498 operacionais, 130 viaturas e cinco meios aéreos.
Não muito longe, segue-se o distrito de Santarém (665 meios terrestres). Aí, três incêndios estão em conclusão, dois em Ourém e um em Salvaterra de Magos. Já três em Ourém estão “em resolução”. O que mais meios concentra é o da localidade de Cumeada: 411 operacionais, 131 viaturas e não havia, pelas 13h00, nenhum meio aéreo.
O fogo de Palmela, que começou na quarta-feira à tarde, foi dado como dominado pelas 9h30. A Protecção Civil assegura que os meios se mantêm no terreno para prevenir “eventuais reacendimentos”. O fogo ainda não está na fase de rescaldo, sublinhou Marcelo Lima, segundo comandante distrital de Setúbal.
Nesse incêndio de Palmela, 12 pessoas ficaram feridas incluindo dois civis, nove bombeiros e um militar da GNR. São “maioritariamente feridos leves”, à excepção de um bombeiro e um civil que tiveram queimaduras. Um balanço preliminar dá conta de 400 hectares ardidos. Não há informação de casas afectadas, mas sim de barracões e um stand de automóveis.
Também dominado está o incêndio que começou em Oliveira de Azeméis, Aveiro, e alastrou para o concelho de Albergaria-a-Velha, segundo adiantou à Rádio Observador fonte do comando distrital de operações e socorro de Aveiro. O fogo destruiu duas fábricas e deixou em risco algumas casas. Está, neste momento, controlado. Concentrava, pelas 13h00, 403 operacionais, 132 meios terrestres e dois meios aéreos, tendo já consumido uma área superior a 2.500 hectares.
Tanto a A1 como a A29, que estiveram cortadas devido a esse incêndio que teve início em Oliveira de Azeméis, reabriram entretanto ao trânsito.
Também em fase de resolução está o fogo que começou em Gambelas, Faro, e que depois se alastrou a Loulé. Segundo o site da Protecção Civil, mantêm-se no local 21 pessoas e sete viaturas.
Em resolução está ainda, desde as 3h59, o fogo no concelho de Seia.
Já o incêndio na aldeia de Almoster, em Pombal, está a avançar para oeste em direcção à aldeia de Gesteira de Baixo e aproxima-se da estrada municipal 606.
E o incêndio que começou na quarta-feira em Vilar de Mouros, concelho de Caminha, está em resolução depois de uma “noite de sobressalto” devido a reacendimentos.
Beatriz Ferreira
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Fonte: Observador
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