quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Perto de 1.900 operacionais combatem os cinco fogos mais preocupantes no país

Perto de 1.900 operacionais estavam esta quarta-feira, pelas 12:05, empenhados no combate aos cinco mais preocupantes incêndios em destaque na página da Protecção Civil na Internet, e que lavram em Arganil, Viseu, Vila Real, Tabuaço e Trancoso. Segundo o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, nos cinco fogos qualificados como ocorrências significativas estavam empenhados 1.871 operacionais, apoiados por 585 meios terrestres e 25 meios aéreos.

Os incêndios em Tabuaço (Viseu), Trancoso (Guarda), Sirarelhos (Vila Real) Sátão (Viseu) e Arganil (Coimbra) estavam em curso, enquanto outros dois incêndios de dimensões significativas –  Vilarinho do Monte (Macedo de Cavaleiros) e Ermidas do Sado (Santiago do Cacém) -- se encontravam em resolução, sem perigo de propagação.

O fogo que lavra na serra do Alvão, em Vila Real, em zona de declive acentuado, lavra há 12 dias. Teve início às 23:45 do dia 02 de Agosto, já esteve em conclusão e sofreu duas reactivações no sábado e na segunda-feira à tarde, estando ainda activo. O incêndio, que teve início em Sirarelhos, estava a ser combatido por 434 operacionais, 144 meios terrestres e dois meios aéreos.

Já o incêndio que deflagrou na tarde de sábado na zona de Freches, no concelho de Trancoso, distrito da Guarda, mobilizava o maior número de meios, com 522 operacionais, apoiados por 168 viaturas, e seis meios aéreos. Hoje, a aldeia de Queiriz, no concelho de Fornos de Algodres, está a viver uma "situação complicada" devido ao incêndio rural que lavra desde sábado no concelho vizinho de Trancoso.

"O fogo está junto à povoação e a situação está complicada, com bombeiros e população a fazerem a protecção das casas", disse à agência Lusa Carlos Silva, comandante operacional do Oeste, que está no posto de comando. Esta frente progrediu com intensidade durante a manhã, vinda de Aldeia Nova, no concelho de Trancoso, tendo passado por localidades como Casal do Monte e Aveleiros. O fogo teve início no sábado, em Freches, no concelho de Trancoso, e já terá consumido cerca de 12 mil hectares e afectado 11 das 21 freguesias daquele município. "Não há registo de casas afectadas, apenas quintais, pastos e um povoamento florestal que ardidos", acrescentou o comandante operacional.

Quanto ao fogo que lavra na freguesia de Távora e Pinheiro, no concelho em Tabuaço, distrito de Viseu, activo desde a madrugada de segunda-feira, tinha no terreno 311 operacionais, apoiados por 94 meios terrestres e um meio aéreo.

O incêndio na zona de Piódão, em Arganil, no distrito de Coimbra, estava, por sua vez, a ser combatido por 433 operacionais, 129 meios terrestres e nove meios aéreos. Este fogo resultou da progressão do incêndio que tinha deflagrado no domingo na Covilhã, distrito de Castelo Branco, e que já se encontra em resolução desde terça-feira de manhã.

Já o incêndio florestal na zona de Ermidas-Sado, no concelho de Santiago do Cacém, que deflagrou na tarde de terça-feira, entrou hoje em fase de resolução, encontrando-se ainda no local 192 operacionais e 65 meios terrestres. Também em fase de resolução, estava o incêndio em Vilarinho do Monte, concelho de Macedo de Cavaleiros, onde estavam 60 operacionais e 21 meios terrestres.

No total, pelas 12:05, estavam no terreno a combater os incêndios rurais a nível nacional 2.796 operacionais, apoiados por 867 veículos e 17 meios aéreos.

Quanto ao incêndio que lavrou em Sobral de São Miguel, no concelho da Covilhã, entre domingo e terça-feira, encontra-se em fase de vigilância e consumiu cerca de 700 hectares de mato, pinho e eucalipto, informou o presidente do município, Vítor Pereira.

O Governo estendeu a situação de alerta até final do dia de sexta-feira, devido às previsões meteorológicas, que apontam para um aumento da temperatura e risco agravado de incêndio rural.

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Fonte: Jornal de Negócios


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