Portugal é o país do Mediterrâneo que mais água consome anualmente, com 1.212 metros cúbicos por habitante, revela um relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) hoje divulgado.De acordo com o WWF, depois de Portugal é Espanha que mais consome água (870 metros cúbicos por habitante), seguindo-se Itália (772), Grécia (708), França (667) e Turquia (534).
O WWF adverte que a cultura de regadio é a principal responsável pela falta de água em Portugal e nos restantes países do Mediterrâneo. O estudo indica que a área destinada à agricultura de regadio no Mediterrâneo duplicou nos últimos 40 anos e absorve cerca de 65% do total da água consumida nesses países.
O WWF adverte que a cultura de regadio é a principal responsável pela falta de água em Portugal e nos restantes países do Mediterrâneo. O estudo indica que a área destinada à agricultura de regadio no Mediterrâneo duplicou nos últimos 40 anos e absorve cerca de 65% do total da água consumida nesses países.
A WWF adverte igualmente que «secas mais frequentes e mais prejudiciais» são esperadas no Mediterrâneo, onde podem tornar-se «crónicas». A seca de 2005 atingiu «particularmente» Espanha e Portugal e este ano também deve ter um «significativo impacto» nestes dois países do sul da Europa, bem como em França e Itália. «É previsível um forte aumento da frequência e dos danos causados pelas secas em toda a costa do Mediterrâneo, especialmente nas zonas onde mais se pratica a agricultura de regadio, que se tornou o maior consumidor de água na região», destaca o estudo divulgado hoje (13-07-2006) em Genebra.
Segundo o WWF, choveu menos 20% nos últimos 50 anos, enquanto a procura da água duplicou, principalmente em França, Turquia e Síria.
O relatório adianta que o custo da seca para a Europa, em 2003, traduziu-se em 11 mil milhões de euros e na perda de 40 mil vidas de animais, metade das quais só em Itália. No Verão de 2005, Portugal perdeu devido à falta de água cerca de 60 por cento da produção de trigo e 80 por cento de milho, destaca ainda o WWF.Com esta publicação, a organização não governamental pretende «um maior compromisso das autoridades locais e nacionais para regular o modo de utilização da água», já que «sem medidas apropriadas, as populações e os modos de vida serão cada vez mais afectados».
FONTE: Diário Digital / Lusa 13-07-2006
FONTE: Diário Digital / Lusa 13-07-2006
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