domingo, 6 de agosto de 2006

355. Maior número de fogos desde o início de Julho registou-se sábado

(Imagem da Agência LUSA)
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Sábado foi o dia em que se registou o maior número de incêndios em Portugal desde o início de Julho, num total de 522 fogos, segundo dados hoje divulgados pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC). Segundo este serviço, no sábado deflagraram 522 incêndios, a maioria florestais, que foram combatidos por 5.042 bombeiros, com o apoio de 1.403 viaturas e alguns meios aéreos.
O segundo pior dia em termos de número de incêndios ocorreu sexta-feira, quando deflagraram 350 fogos, que mobilizaram 5.059 bombeiros e 1.332 veículos.
O risco de incêndio está hoje no nível máximo no Norte e centro do País devido às elevadas temperaturas, que devem ultrapassar os 40 graus em alguns distritos, segundo as previsões do Instituto de Meteorologia. Treze dos 18 distritos de Portugal continental encontram-se em risco "máximo" ou "muito elevado" de incêndio, segundo dados do IM.
Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Viseu, Castelo Branco, Guarda, Coimbra e Santarém deverão ser hoje alguns dos distritos mais quentes, onde o risco de incêndio está no nível máximo ou muito elevado em quase todos os concelhos.
As temperaturas poderão chegar hoje aos 42 graus em Santarém, 41 em Leiria, 40 em Beja e Évora e 39 em Coimbra. As altas temperaturas levaram já o SNBPC a decretar o "alerta laranja" para todo o dispositivo de prevenção, vigilância, detecção, fiscalização e combate a incêndios. De acordo com a página da Internet do serviço, o "alerta laranja" vai permanecer até terça-feira devido ao previsível aumento das temperaturas. Este nível de alerta pressupõe o reforço da vigilância, detecção e ataque inicial de todo o dispositivo, a continuação do estado de Alerta Especial para os corpos de bombeiros, a passagem do estado de prontidão das Forças Armadas para a fase Vermelha e um reforço da vigilância aérea armada também será reforçada.
O Instituto de Meteorologia prevê, até terça-feira, uma subida das temperaturas máximas nas regiões do litoral Norte e Centro, diminuição da humidade relativa do ar para valores inferiores a 20 por cento e mudança da direcção do vento que passará a ser do quadrante leste fraco a moderado (inferior a 30 Km/h).
Um total de 12.425 fogos foi registado entre Janeiro e 31 de Julho pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF), 1.390 dos quais incêndios florestais e 11.035 fogachos (com menos de um hectare), que consumiram 13.971 hectares, de acordo com último relatório da DGRF. Em Julho, mês em que morreram sete bombeiros, ocorreram 5.211 incêndios, que consumiram 5.761 hectares, números que a DGRF considera "significativamente inferiores aos valores médios para este período", sobretudo no que respeita à área ardida.
Fonte: Agência LUSA 2006-08-06 09:35:01

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