segunda-feira, 23 de outubro de 2006

550. Governo dos Açores apoia contratação de investigadores para centro de climatologia

O Governo Regional dos Açores vai apoiar a contratação de novos investigadores para o novo Centro de Climatologia, Meteorologia e Mudanças Globais da universidade local, através do financiamento de duas bolsas de pós-doutoramento.Hoje (dia 19 de Outubro) foi formalizado um protocolo entre a direcção regional da Ciência e Tecnologia e a universidade açoriana, que prevê a contratação de novos investigadores que vão desenvolver as suas actividades nos domínios da meteorologia e da climatologia. O acordo contempla uma comparticipação financeira anual de 41.880 euros, renovável até ao limite máximo de dois anos, contemplando a atribuição anual de 20.940 euros por bolsa, valor calculado com base na definição de um subsídio mensal por bolseiro de 1745 euros.
A medida pretende apoiar a formação de recursos humanos especializados em áreas de interesse prioritário para a região e criar condições para atrair investigadores de mérito para o arquipélago e promover a excelência científica, refere o protocolo.
Na ocasião foi assinado igualmente um outro protocolo para reequipamento científico do centro de climatologia, no valor de 88 mil euros. O director regional da Ciência e Tecnologia sublinhou que, em dois anos, o investimento do governo regional ultrapassa os 4,5 milhões de euros destinados às áreas da investigação e desenvolvimento. Esse investimento, no âmbito do Plano Integrado para a Ciência e Tecnologia, refere-se a apoios a actividades de funcionamento, recrutamento de investigadores, reequipamento científico e à dinamização de diversos projectos de investigação, explicou João Luís Gaspar.
O reitor da Universidade dos Açores defendeu que a investigação nas universidades tem que ser cada vez mais uma tarefa colectiva, devendo desenvolver-se, sobretudo, em centros que estejam sujeitos "a uma avaliação externa regular". Segundo Avelino Meneses, esta é uma condição indispensável para a conquista de crédito e obtenção de maior financiamento, alegando que em Portugal, onde a iniciativa privada "peca muitas vezes por debilidade, o poder político tem de suprir muitas carências".
"Na região, o incremento da investigação científica depende muito do apoio oficial, neste caso do governo regional", afirmou o reitor da academia açoriana, para quem os financiamentos governamentais servem, também, para relembrar "a uma tutela mais distante, por vezes menos desperta, que as singularidades da região exigem soluções próprias".
O centro situa-se no pólo da Terra Chã, na ilha Terceira. As suas actividades passam pela previsão do estado do tempo e da agitação marítima e pela monitorização climática.
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Fonte:
Jornal PÚBLICO

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