A última cheia na Bacia do Tejo abriu uma polémica entre o presidente da Câmara Municipal de Constância e o Instituto da Água (Inag). António Mendes, autarca habituado às inundações na vila-poema, teceu duras críticas à gestão das barragens, considerando que as descargas são decididas com base em critérios económicos: “Castelo de Bode esteve até à última hora à espera e quando largou água o rio já não oferecia qualquer resistência. Dá ideia de que só se pensa na produção de energia.”
Em Constância, o nível da água subiu sete metros em 12 horas. “Aconteceu o que nós temíamos e vínhamos dizendo. A corrente era muito forte e causou grandes prejuízos”, disse António Mendes, lamentando que as descargas não tenham sido feitas de forma gradual nas semanas anteriores. “Só quando se chega ao limite da capacidade é que se descarrega”, diz o autarca.
Manifestando-se “angustiado e revoltado”, António Mendes frisa que é necessário ter em conta as pessoas e os bens que se perdem. “Não deixo de reconhecer a importância de produzir energia, mas continuo a não perceber a gestão da barragem de Castelo de Bode.”
Sérgio Carrinho, presidente da Câmara Municipal da Chamusca, onde também foi accionado o plano de emergência, partilha da opinião do homólogo de Constância. “Era muito importante ter uma folga nas barragens” para defesa nos períodos de chuva intensa. Para Sérgio Carrinho, é preciso “encontrar uma forma de conciliar os vários interesses” em jogo. “Estamos preocupados e ficaríamos mais descansados se a gestão das barragens fosse feita com alguma margem de manobra.”
Da parte do Instituto da Água, o presidente Orlando Borges negou as acusações de gestão economicista e disse que foi feita uma “adequação das descargas” ao “sistema complexo” de bacias. “As descargas são feitas para não associar picos de cheia e minimizar os efeitos”, garante.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Fonte: Jornal CORREIO DA MANHÃ
Em Constância, o nível da água subiu sete metros em 12 horas. “Aconteceu o que nós temíamos e vínhamos dizendo. A corrente era muito forte e causou grandes prejuízos”, disse António Mendes, lamentando que as descargas não tenham sido feitas de forma gradual nas semanas anteriores. “Só quando se chega ao limite da capacidade é que se descarrega”, diz o autarca.
Manifestando-se “angustiado e revoltado”, António Mendes frisa que é necessário ter em conta as pessoas e os bens que se perdem. “Não deixo de reconhecer a importância de produzir energia, mas continuo a não perceber a gestão da barragem de Castelo de Bode.”
Sérgio Carrinho, presidente da Câmara Municipal da Chamusca, onde também foi accionado o plano de emergência, partilha da opinião do homólogo de Constância. “Era muito importante ter uma folga nas barragens” para defesa nos períodos de chuva intensa. Para Sérgio Carrinho, é preciso “encontrar uma forma de conciliar os vários interesses” em jogo. “Estamos preocupados e ficaríamos mais descansados se a gestão das barragens fosse feita com alguma margem de manobra.”
Da parte do Instituto da Água, o presidente Orlando Borges negou as acusações de gestão economicista e disse que foi feita uma “adequação das descargas” ao “sistema complexo” de bacias. “As descargas são feitas para não associar picos de cheia e minimizar os efeitos”, garante.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Fonte: Jornal CORREIO DA MANHÃ
Sem comentários:
Enviar um comentário