A Suécia é o país que obteve melhores resultados na luta contra a mudança climática, enquanto a Arábia Saudita é a última da lista, segundo um índice elaborado pela organização alemã Germanwatch.
Só há três países latino-americanos na lista: Argentina e Brasil, que estão entre os dez primeiros, e México, no 16º lugar. O cálculo, apresentado hoje na Conferência sobre Mudança Climática realizada em Nairobi, analisa a actuação de 56 nações.
A lista inclui todos os países cujas emissões representam mais de 1% do volume global ou os que, embora emitem menos, fazem parte do Anexo I do Protocolo de Kyoto – os obrigados a reduzir emissões -, como é o caso de pequenas nações da União Europeia.
Os dez países com melhor pontuação no índice de 2007 são Suécia, Reino Unido, Dinamarca, Malta, Alemanha, Argentina, Hungria, Brasil, Índia e Suíça. Os últimos dez postos da lista – começando pelo último – são ocupados por Arábia Saudita, Malásia, China, Estados Unidos, Cazaquistão, Canadá, Tailândia, Irão, Coreia e Austrália.
Para elaborar o índice, a Germanwatch levou em conta três indicadores: o nível de emissões, a tendência das mesmas nos sectores de energia, transporte, indústria e construção, e os avanços em matéria de política e legislação.
O director político da organização, Christopher Bals, afirmou que o índice mostra que os esforços realizados até agora para evitar mudanças climáticas perigosas "são insuficientes".
"Se o objectivo é que o aumento da temperatura (global) não supere os dois graus centígrados em relação à era pré-industrial, nenhum país se encaminha nessa direcção, levando em conta os três indicadores", explicou.
"Se a luta contra a mudança climática fosse uma competição desportiva, não haveria medalhistas, já que não há grandes estrelas na lista, só países que estão tendo resultados um pouco melhores que outros", disse o director do braço europeu da organização Climate Action, Matthias Duwe.
A Índia mereceu destaque ao se colocar entre os dez primeiros, já que, apesar do aumento de sua população, seu nível de emissões per capita continua sendo bastante baixo. Se forem levados em conta apenas os avanços em matéria de legislação, no entanto, o país é um dos piores colocados.
A China está em uma situação oposta, já que tem boas leis, mas suas emissões estão crescendo porque está alimentando sua demanda energética com produtos que emitem muito dióxido de carbono. Este facto levou o país a ficar entre os últimos da lista.
Ratificado por 166 países e em vigor desde 16 de Fevereiro de 2005, o Protocolo de Kyoto impõe às nações industrializadas limites obrigatórios de emissões de dióxido de carbono – causador do aquecimento global -, com o objectivo de reduzi-las entre 2008 e 2012 em 5,2% em relação aos níveis de 1990.
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Fonte: G1
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Fonte: G1
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