"Foi uma sorte só ter morrido um" - as palavras são de um elemento do posto da Polícia Marítima da Costa de Caparica e reflectem o perigo que milhares de banhistas correram ontem à tarde nas praias da Margem Sul. Apesar dos areais apinhados, havia apenas quatro homens – dois da Polícia Marítima e dois voluntários do Instituto de Socorros a Náufragos – destacados para 30 quilómetros de costa. No total foram seis as vítimas de afogamento – apanhadas em agueiros
De acordo com a Polícia Marítima, cerca das 13h00 surgiu a primeira chamada. Na praia da Sereia, três rapazes com idades entre os 16 e os 18 anos estavam com dificuldades em sair da água, mas foram resgatados a tempo. Poucos minutos depois surgiu a segunda ocorrência, agora na Nova Praia. Duas raparigas com 12 e 13 anos tiveram de ser socorridas em situação semelhante.
Perto das 14h00 aconteceu o afogamento mortal. Um rapaz de 21 anos, que tinha ido à praia com amigos, não conseguiu contrariar o agueiro que o puxava para fora de pé. Estava inanimado quando foi retirado do mar pelos nadadores salvadores e, apesar das manobras de reanimação efectuadas pelos Bombeiros de Cacilhas, deu entrada no Hospital Garcia de Orta já cadáver.
O CM apurou que ontem à tarde estavam apenas dois elementos da Polícia Marítima e dois nadadores salvadores do Instituto de Socorros a Náufragos a vigiar as praias daquela jurisdição – com duas moto-quatro. Refira-se que os nadadores salvadores em questão são voluntários que se disponibilizaram para patrulhar os 30 quilómetros de costa da Caparica – da Trafaria até ao Cabo Espichel.
De acordo com a lei, os concessionários das praias só estão obrigados a contratar nadadores salvadores durante a época balnear, isto é, entre 1 de Junho e 30 de Setembro. Fonte da Polícia Marítima explicou ao CM que a sucessão de afogamentos nas praias da Caparica se deve ao desconhecimento das "características do mar da Caparica". "Está calor e as pessoas vão a correr para a água sem conhecer os baixios e as correntes. Quando dão por isso estão a ser puxadas para longe da praia. Em condições normais, hoje estaria bandeira amarela, pelo menos, o que evitaria alguns dos afogamentos. Mas sem nadador salvador não há informação e as pessoas arriscam sem se aperceber do perigo que estão a correr."
De acordo com a Polícia Marítima, cerca das 13h00 surgiu a primeira chamada. Na praia da Sereia, três rapazes com idades entre os 16 e os 18 anos estavam com dificuldades em sair da água, mas foram resgatados a tempo. Poucos minutos depois surgiu a segunda ocorrência, agora na Nova Praia. Duas raparigas com 12 e 13 anos tiveram de ser socorridas em situação semelhante.
Perto das 14h00 aconteceu o afogamento mortal. Um rapaz de 21 anos, que tinha ido à praia com amigos, não conseguiu contrariar o agueiro que o puxava para fora de pé. Estava inanimado quando foi retirado do mar pelos nadadores salvadores e, apesar das manobras de reanimação efectuadas pelos Bombeiros de Cacilhas, deu entrada no Hospital Garcia de Orta já cadáver.
O CM apurou que ontem à tarde estavam apenas dois elementos da Polícia Marítima e dois nadadores salvadores do Instituto de Socorros a Náufragos a vigiar as praias daquela jurisdição – com duas moto-quatro. Refira-se que os nadadores salvadores em questão são voluntários que se disponibilizaram para patrulhar os 30 quilómetros de costa da Caparica – da Trafaria até ao Cabo Espichel.
De acordo com a lei, os concessionários das praias só estão obrigados a contratar nadadores salvadores durante a época balnear, isto é, entre 1 de Junho e 30 de Setembro. Fonte da Polícia Marítima explicou ao CM que a sucessão de afogamentos nas praias da Caparica se deve ao desconhecimento das "características do mar da Caparica". "Está calor e as pessoas vão a correr para a água sem conhecer os baixios e as correntes. Quando dão por isso estão a ser puxadas para longe da praia. Em condições normais, hoje estaria bandeira amarela, pelo menos, o que evitaria alguns dos afogamentos. Mas sem nadador salvador não há informação e as pessoas arriscam sem se aperceber do perigo que estão a correr."
De acordo com a Polícia Marítima e os corpos de bombeiros da zona, não está previsto qualquer reforço no dispositivo de socorro para a Costa da Caparica.
"POR SUA CONTA E RISCO" - Para António Godinho, comandante dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas – corporação que transportou a vítima mortal ao hospital –, "os banhistas correm perigo ao vir à Costa de Caparica". "Estão por sua conta e risco, em praias cheias de gente e sem vigilância nenhuma. As várias corporações do concelho prestam todo o apoio possível, mas não podemos substituir os meios normais de socorro", afirma António Godinho.
"POR SUA CONTA E RISCO" - Para António Godinho, comandante dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas – corporação que transportou a vítima mortal ao hospital –, "os banhistas correm perigo ao vir à Costa de Caparica". "Estão por sua conta e risco, em praias cheias de gente e sem vigilância nenhuma. As várias corporações do concelho prestam todo o apoio possível, mas não podemos substituir os meios normais de socorro", afirma António Godinho.
O responsável exemplifica com o caso de ontem: "Quando chegámos à praia, o jovem já estava inanimado e as tentativas de reanimação foram infrutíferas."
APONTAMENTOS:
APONTAMENTOS:
FREQUENTE - No mês de Junho de 2003, morreram seis pessoas apanhadas por agueiros na Caparica. Em Julho de 2005, em S. Torpes, 18 pessoas foram salvas por surfistas em igual situação.
NÃO RESISTIR - Aconselha-se os banhistas a não resistir ao agueiro. Deve-se tentar nadar em diagonal à direcção da corrente, de forma a ser arrastado lateralmente e não para o interior do mar.
PERIGO - A palavra agueiro é usada pelos surfistas desde o início da modalidade, mas é pouco conhecida em Portugal. Nos EUA há brochuras anuais só a alertar para a corrente: "Ela Mata!"
João C. Rodrigues
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NÃO RESISTIR - Aconselha-se os banhistas a não resistir ao agueiro. Deve-se tentar nadar em diagonal à direcção da corrente, de forma a ser arrastado lateralmente e não para o interior do mar.
PERIGO - A palavra agueiro é usada pelos surfistas desde o início da modalidade, mas é pouco conhecida em Portugal. Nos EUA há brochuras anuais só a alertar para a corrente: "Ela Mata!"
João C. Rodrigues
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Imagem: A Física do Surf
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