O Governo Regional da Madeira vai mesmo avançar, se necessário, com processos de expropriação de terrenos florestais cujos proprietários não estejam a fazer os necessários trabalhos de conservação. De acordo com o director regional das Florestas, Rocha da Silva, que falava no âmbito de uma plantação de árvores nas serras de Santo António alusiva à comemoração do Dia Mundial da Floresta, a prioridade do executivo "é o diálogo e que prefere, como está sendo feito neste caso concreto, o arrendamento das parcelas".
"Acontece é que muitas vezes, nas parcelas florestais, por vezes nem sequer existem interlocutores e aí não há outra possibilidade, os terrenos estão abandonados e sucedem-se os incêndios e a proliferação de combustíveis e de plantas nefastas", disse.
"Acontece é que muitas vezes, nas parcelas florestais, por vezes nem sequer existem interlocutores e aí não há outra possibilidade, os terrenos estão abandonados e sucedem-se os incêndios e a proliferação de combustíveis e de plantas nefastas", disse.
O responsável manifestou satisfação pelo panorama da floresta madeirense, enumerando diversas situações: "À falta de números concretos, temos uma perspectiva das imagens via satélite que mostra uma mancha verde na ilha mais significativa do que há alguns anos". "A floresta laurissilva, património natural mundial da UNESCO que, em 1972, ocupava 12 por cento da mancha florestal, cresceu hoje para os 17 por cento e estas serras de Santo António e São Roque, sobranceiras ao Funchal e que há uma década eram autênticos desertos, estão a tornar-se verdes", salientou.
Nestas serras, situadas a bem mais de mil metros de altitude, acrescentou, "procedeu-se a um aumento da área arborizada em cerca de 410 hectares e à plantação de 426 mil plantas, complementada por 7,6 quilómetros de novos acessos e pela construção de sete pontos de água". O governante disse, também, que no Paul da Serra foram feitas novas plantações (40 hectares) e que no perímetro florestal do Poiso, que estava sendo atacado por plantas hostis, têm sido plantadas árvores endógenas.
Para o geógrafo e ex-vereador da Câmara Municipal do Funchal Raimundo Quintal, habitual interventor em questões ambientais, "realmente tem havido um crescimento na mancha florestal da Região, tanto na laurissilva como no esforço de reflorestar as serras de Santo António e São Roque". "O facto de o gado ter sido retirado das serras foi muito importante para esta última situação", lembrou, alertando, contudo, para o caso das serras do Fanal, no norte da ilha da Madeira, "onde o gado bovino ainda pasta à vontade".
Em declarações à Agência Lusa, recordou também o trabalho desenvolvido pela Associação Amigos do Parque Ecológico e disse que "deviam haver mais associações do género, que surgissem não somente para falar e denunciar situações menos boas, mas que fossem intervenientes no terreno". Pronunciou-se, também, sobre a necessidade de "as autoridades tentarem divulgar e sensibilizar mais os proprietários para os programas comunitários, apoiados pelo Governo Regional, para a manutenção e recuperação das suas parcelas florestais, na criação de riqueza nos sectores hídricos e de oxigenação da atmosfera, factores fundamentais numa altura em que as alterações climáticas são um factor já muito sentido".
Raimundo Quintal concordou com a ideia de que a expansão urbana a sul da ilha tem perturbado a floresta, mas disse que "os Planos Directores Municipais devem ser aplicados", e lamentou a fraca precipitação ocorrida nestes últimos Outono e Inverno.
Nestas serras, situadas a bem mais de mil metros de altitude, acrescentou, "procedeu-se a um aumento da área arborizada em cerca de 410 hectares e à plantação de 426 mil plantas, complementada por 7,6 quilómetros de novos acessos e pela construção de sete pontos de água". O governante disse, também, que no Paul da Serra foram feitas novas plantações (40 hectares) e que no perímetro florestal do Poiso, que estava sendo atacado por plantas hostis, têm sido plantadas árvores endógenas.
Para o geógrafo e ex-vereador da Câmara Municipal do Funchal Raimundo Quintal, habitual interventor em questões ambientais, "realmente tem havido um crescimento na mancha florestal da Região, tanto na laurissilva como no esforço de reflorestar as serras de Santo António e São Roque". "O facto de o gado ter sido retirado das serras foi muito importante para esta última situação", lembrou, alertando, contudo, para o caso das serras do Fanal, no norte da ilha da Madeira, "onde o gado bovino ainda pasta à vontade".
Em declarações à Agência Lusa, recordou também o trabalho desenvolvido pela Associação Amigos do Parque Ecológico e disse que "deviam haver mais associações do género, que surgissem não somente para falar e denunciar situações menos boas, mas que fossem intervenientes no terreno". Pronunciou-se, também, sobre a necessidade de "as autoridades tentarem divulgar e sensibilizar mais os proprietários para os programas comunitários, apoiados pelo Governo Regional, para a manutenção e recuperação das suas parcelas florestais, na criação de riqueza nos sectores hídricos e de oxigenação da atmosfera, factores fundamentais numa altura em que as alterações climáticas são um factor já muito sentido".
Raimundo Quintal concordou com a ideia de que a expansão urbana a sul da ilha tem perturbado a floresta, mas disse que "os Planos Directores Municipais devem ser aplicados", e lamentou a fraca precipitação ocorrida nestes últimos Outono e Inverno.
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Fonte: AgroPortal
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