quarta-feira, 23 de abril de 2008

1717. Pinheiro I (praga do nemátodo)

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, considerou que o combate à praga do nemátodo que afecta os pinheiros deve ser travado pelos proprietários florestais e sem qualquer compensação financeira por parte do Estado. "Os proprietários têm a responsabilidade de eliminar a doença na sua exploração" e "sem qualquer compensação financeira da parte do Estado", afirmou o ministro, que falava no Porto à margem de uma cerimónia de assinatura de protocolos destinados a proteger a floresta dos incêndios.
Na ausência de tratamento químico, "a melhor forma de combater a doença [que se transmite por um mosquito] é abatermos as árvores nos dez dias seguintes à sua detecção", disse. "O Ministério só se substitui aos proprietários quando estes não o fazem ou não tem capacidade resposta, mas apenas como medida de precaução para evitar que a doença alastre, uma vez que responsabilidade é dos proprietários florestais", repetiu. Contudo, Jaime Silva considerou que "não há motivo para alarme", realçando que a propagação da doença "não é tão rápida".
"Temos de explicar também que há muitos pinheiros que morrem devido a outras doenças ou devido às condições climatéricas. Em 2005, por exemplo, houve muito pinhal que morreu devido à grande seca", disse. No caso concreto dos concelhos da região Centro agora afectados por esta praga do pinheiro, o ministro referiu que foi estabelecida uma área de "segurança" de 6500 hectares. "Dentro desta área há uma pequeníssima parte que está afectada, portanto, não vamos criar grandes alarmismos", sublinhou.
Explicou que quando existe um pinheiro morto e a análise demonstra que tem nemátodo, é necessário estabelecer um raio de segurança de 20 quilómetros, o que "não significa que todos os pinheiro estejam já infectados". "Os serviços regionais do Ministério da Agricultura, as associações florestais as câmaras municipais vão, em conjunto, estabelecer uma campanha de abate desses pinheiros mortos de forma que a doença seja controlada", frisou. Referiu ainda que dos "200 mil pinheiros abatidos no passado, apenas 20 por cento estava afectado pela praga do nemátodo".
A praga apareceu em Portugal em 1999, na zona de Setúbal.
* * * * * * * * * * * * * * * *

Sem comentários: