O Fundo Mundial para a Conservação da Natureza (WWF) alertou para a "urgência" de medidas preventivas dos incêndios florestais, entre as quais a conclusão do cadastro florestal que identifica os proprietários e a certificação das florestas. "A conclusão do cadastro é essencial, só assim é possível saber quem são os donos das terras. Mas se o cadastro continuar a ser feito ao ritmo actual, vamos precisar de mais 50 anos para o concluir", afirmou num encontro com jornalistas Luís Neves Silva da WWF Portugal.
O ambientalista lembrou as especificidades do país, que aumentam o risco de incêndio, como Verões quentes e secos e Invernos suaves chuvosos, e o despovoamento e abandono rural que transformaram habitats agrícolas e silvopastoris em vastas áreas de vegetação combustível "pronta a servir de pasto para as chamas". Os cenários futuros de alterações climáticas, que sugerem períodos de chuvas intensas e verões ainda mais quentes e secos, vão acelerar as condições para crescimento da vegetação e acumulação de combustível e melhores condições para ignição de fogo.
Para a WWF, as prioridades do país em termos de prevenção de incêndios são a conclusão do cadastro predial da propriedade rústica e a revisão da moldura fiscal do sector florestal para combater o absentismo. "Como não se sabe quem é o proprietário dos terrenos, uma vez que não está concluído o cadastro, a política fiscal vai incidir em quem trabalha e gere a terra. Devia era incidir no proprietário, para incentivar a gestão e combater o absentismo", defendeu Luís Neves Silva.
A organização defende ainda que a prevenção de incêndios pode ser melhorada com a adopção do sistema florestal FCS – Forest Stewardship Council, um mecanismo de certificação que preconiza a aplicação de boas práticas de gestão, premiando quem gere melhor a floresta. No âmbito do FCS, introduzido em Portugal em 2006, já foram certificados cerca de 200 mil hectares, correspondentes a seis por cento do território nacional, sendo os sectores do papel e celulose os que mais aderem a este sistema.
"E o Estado devia dar o exemplo na aplicação de boas práticas de gestão florestal, certificando as florestas públicas através de um sistema independente e credível", adiantou.
Para alertar os proprietários para a necessidade de fazer a gestão florestal, nomeadamente a limpeza dos terrenos, a WWF vai divulgar no próximo mês de Junho na SIC um pequeno filme sobre o poder do homem para activar e para parar os incêndios. "Ainda estamos muito longe do que temos de fazer ao nível da prevenção de incêndios", concluiu o responsável da WWF.
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O ambientalista lembrou as especificidades do país, que aumentam o risco de incêndio, como Verões quentes e secos e Invernos suaves chuvosos, e o despovoamento e abandono rural que transformaram habitats agrícolas e silvopastoris em vastas áreas de vegetação combustível "pronta a servir de pasto para as chamas". Os cenários futuros de alterações climáticas, que sugerem períodos de chuvas intensas e verões ainda mais quentes e secos, vão acelerar as condições para crescimento da vegetação e acumulação de combustível e melhores condições para ignição de fogo.
Para a WWF, as prioridades do país em termos de prevenção de incêndios são a conclusão do cadastro predial da propriedade rústica e a revisão da moldura fiscal do sector florestal para combater o absentismo. "Como não se sabe quem é o proprietário dos terrenos, uma vez que não está concluído o cadastro, a política fiscal vai incidir em quem trabalha e gere a terra. Devia era incidir no proprietário, para incentivar a gestão e combater o absentismo", defendeu Luís Neves Silva.
A organização defende ainda que a prevenção de incêndios pode ser melhorada com a adopção do sistema florestal FCS – Forest Stewardship Council, um mecanismo de certificação que preconiza a aplicação de boas práticas de gestão, premiando quem gere melhor a floresta. No âmbito do FCS, introduzido em Portugal em 2006, já foram certificados cerca de 200 mil hectares, correspondentes a seis por cento do território nacional, sendo os sectores do papel e celulose os que mais aderem a este sistema.
"E o Estado devia dar o exemplo na aplicação de boas práticas de gestão florestal, certificando as florestas públicas através de um sistema independente e credível", adiantou.
Para alertar os proprietários para a necessidade de fazer a gestão florestal, nomeadamente a limpeza dos terrenos, a WWF vai divulgar no próximo mês de Junho na SIC um pequeno filme sobre o poder do homem para activar e para parar os incêndios. "Ainda estamos muito longe do que temos de fazer ao nível da prevenção de incêndios", concluiu o responsável da WWF.
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Fonte: Agência LUSA
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