terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

2306. Agricultores de Vila Real querem pedir calamidade pública

Os agricultores com "milhares de euros" de prejuízos provocados pelo mau tempo reclamam a ajuda do Governo, a quem pedem a declaração do estado de calamidade, e reuniram-se com o governador civil de Vila Real. Armando Carvalho, dirigente da Confederação Nacional de Agricultores (CNA), disse à agência Lusa que os agricultores reuniram-se com o novo governador civil de Vila Real para pedir o estado de calamidade na produção em estufa, que foi devastada pelos ventos fortes que se fizeram sentir no distrito.
"A dimensão dos prejuízos é considerada por nós uma calamidade", salientou o responsável. Armando Carvalho acrescentou que uma das soluções passa pela "compensação a fundo perdido", a qual diz que só pode ser atribuída se for declarado o estado de calamidade.
"Os estragos são localizados, mas dezenas de agricultores, um pouco por todo o distrito, apontam perdas de 100 por cento nas suas produções e infra-estruturas", frisou. É que, de acordo com o dirigente, o mau tempo, nomeadamente chuva e ventos fortes que chegaram a atingir os 120 quilómetros/hora, afectaram as produções e "arrancaram ou partiram" as próprias estufas.
Armando Carvalho disse ainda que "estes prejuízos não estão cobertos por qualquer tipo de seguro, porque não existem seguradoras que os contratualizem".
"Estamos a falar de material e equipamento que não é objectivo de qualquer tipo de seguro", frisou. Uma das agricultoras afectadas, de 29 anos, que produz, em Fonteita, Vila Real, hortícolas que comercializa no concelho num projecto que começou há cerca de sete meses. A jovem diz que a sua estufa ficou completamente destruída, num prejuízo, ao nível das infra-estruturas, de cerca de 60 mil euros, e que a produção também ficou completamente arruinada.
Também um jovem agricultor de 27 anos de Carlão, Alijó, fala em avultados prejuízos ao nível das infra-estruturas e na destruição de 70 por cento da produção. O jovem agricultor investiu 120 mil euros numa estufa de flores cravíneas que vendia em Portugal e exportava, chegando a empregar, na altura do Verão, até 10 pessoas.
A Associação de Floricultores de Portugal referiu que o mau tempo devastou cerca de quatro hectares de produção florícola na região de Chaves, registando prejuízos em 15 floricultores que apontam prejuízos de centenas de milhares de euros.
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