A Turistrela e a Câmara da Covilhã contestam o número de vezes que as estradas na Serra da Estrela fecham devido à neve, mas a GNR diz zelar pela segurança e que as queixas "não fazem sentido". Segundo o registo do Centro de Limpeza de Neve, a que a Agência Lusa teve acesso, o fecho totalizou nove dias em Janeiro, afectando três dos cinco fins-de-semana do mês – os períodos mais comuns para passeios.
Artur Costa Pais, administrador da Turiestrela, disse à Lusa que a estrada para a Torre "podia estar aberta mais vezes", mas a GNR mantêm-na fechada "por falta de conhecimentos" e porque "faltam meios ao Centro de Limpeza de Neve". "A solução é como se faz lá fora: um concurso público internacional e concessionar o serviço a empresas espanholas ou francesas que tenham anos de experiência em destinos semelhantes à Serra da Estrela", sugere. Com as estradas fechadas, a estância de esqui e outros serviços não funcionam e Artur Costa Pais queixa-se de elevados prejuízos. "Estes senhores nunca visitaram uma estância lá fora. Estão habituados a gerir estradas das aldeias e pouco mais. Estão a matar-nos", refere.
Em comunicado, a Câmara da Covilhã anunciou que vai "responsabilizar o Ministério das Obras Públicas pelos prejuízos causados à economia regional" e exigir medidas para que não se repitam. Caso contrário, "a Câmara da Covilhã encara a possibilidade da sua gestão em condições que permitam a salvaguarda dos interesses regionais". "A GNR só abre a estrada quando o alcatrão está seco e isso não pode ser", sublinha Artur Costa Pais, dando como exemplo num sábado, em que apesar da manhã soalheira as estradas estiveram fechadas. "Algumas curvas tinham um pouco de neve. Mas qual é o problema", questiona. "Lá fora andamos com 15 e 20 centímetros de neve", refere, acrescentando: "As pessoas não andam a 200 à hora na Serra da Estrela". "Pelo menos podiam deixar passar os jipes e carros com correntes, mas nem isso", refere o empresário.
Questionado sobre quem assumiria responsabilidades em caso de acidentes, aquele responsável responde: "Mas e se chove? Em qualquer auto-estrada há problemas e o que é que havemos de fazer", pergunta. "As estradas podiam estar abertas mais vezes, com segurança, mas não abrem", conclui. "Não há situações dessas", contrapõe o tenente-coronel Hélder Almeida, comandante distrital da GNR em Castelo Branco, à Agência Lusa. "Não sei quem suporta os prejuízos" inerentes ao fecho de estradas. "Mas não podemos permitir o acesso à Torre se não for garantida a segurança. Há vários interesses legítimos na Serra da Estrela, conciliáveis em várias circunstâncias e noutras não", acrescenta.
Hélder Almeida garante que há uma "preocupação permanente em ter as estradas abertas, sempre que possível" e considera que "as queixas não fazem sentido, estão desprovidas de contexto. Ninguém nos pode acusar de descoordenação", sublinha. Em seis anos de trabalho conjunto da GNR e Estradas de Portugal, "houve cerca de 100 acidentes na Serra da Estrela, 97 dos quais apenas com pequenos danos materiais. Nunca houve acidentes graves, nem queremos que haja, porque a responsabilidade será assacada a nós".
Presentes no Centro de Limpeza de Neve ao lado da GNR, os directores de estradas de Castelo Branco e Guarda remeteram declarações para outra oportunidade. O Centro tem actualmente seis limpa-neves, três máquinas rotativas e 17 homens.
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Artur Costa Pais, administrador da Turiestrela, disse à Lusa que a estrada para a Torre "podia estar aberta mais vezes", mas a GNR mantêm-na fechada "por falta de conhecimentos" e porque "faltam meios ao Centro de Limpeza de Neve". "A solução é como se faz lá fora: um concurso público internacional e concessionar o serviço a empresas espanholas ou francesas que tenham anos de experiência em destinos semelhantes à Serra da Estrela", sugere. Com as estradas fechadas, a estância de esqui e outros serviços não funcionam e Artur Costa Pais queixa-se de elevados prejuízos. "Estes senhores nunca visitaram uma estância lá fora. Estão habituados a gerir estradas das aldeias e pouco mais. Estão a matar-nos", refere.
Em comunicado, a Câmara da Covilhã anunciou que vai "responsabilizar o Ministério das Obras Públicas pelos prejuízos causados à economia regional" e exigir medidas para que não se repitam. Caso contrário, "a Câmara da Covilhã encara a possibilidade da sua gestão em condições que permitam a salvaguarda dos interesses regionais". "A GNR só abre a estrada quando o alcatrão está seco e isso não pode ser", sublinha Artur Costa Pais, dando como exemplo num sábado, em que apesar da manhã soalheira as estradas estiveram fechadas. "Algumas curvas tinham um pouco de neve. Mas qual é o problema", questiona. "Lá fora andamos com 15 e 20 centímetros de neve", refere, acrescentando: "As pessoas não andam a 200 à hora na Serra da Estrela". "Pelo menos podiam deixar passar os jipes e carros com correntes, mas nem isso", refere o empresário.
Questionado sobre quem assumiria responsabilidades em caso de acidentes, aquele responsável responde: "Mas e se chove? Em qualquer auto-estrada há problemas e o que é que havemos de fazer", pergunta. "As estradas podiam estar abertas mais vezes, com segurança, mas não abrem", conclui. "Não há situações dessas", contrapõe o tenente-coronel Hélder Almeida, comandante distrital da GNR em Castelo Branco, à Agência Lusa. "Não sei quem suporta os prejuízos" inerentes ao fecho de estradas. "Mas não podemos permitir o acesso à Torre se não for garantida a segurança. Há vários interesses legítimos na Serra da Estrela, conciliáveis em várias circunstâncias e noutras não", acrescenta.
Hélder Almeida garante que há uma "preocupação permanente em ter as estradas abertas, sempre que possível" e considera que "as queixas não fazem sentido, estão desprovidas de contexto. Ninguém nos pode acusar de descoordenação", sublinha. Em seis anos de trabalho conjunto da GNR e Estradas de Portugal, "houve cerca de 100 acidentes na Serra da Estrela, 97 dos quais apenas com pequenos danos materiais. Nunca houve acidentes graves, nem queremos que haja, porque a responsabilidade será assacada a nós".
Presentes no Centro de Limpeza de Neve ao lado da GNR, os directores de estradas de Castelo Branco e Guarda remeteram declarações para outra oportunidade. O Centro tem actualmente seis limpa-neves, três máquinas rotativas e 17 homens.
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Fonte: Agência LUSA
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