Os pastores da serra do Gerês contestam o propósito do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) de proibir o uso de casas de montanha, utilizadas no verão para garantir o pastoreio dos gados, disse, à Lusa, fonte autárquica. O presidente da Junta de Campo, São João, adiantou que o PNPG quer proibir o uso dos refúgios de montanha – conhecidos localmente como "vezeiras" – pelos pastores, para garantir a permanência daquela estrutura na rede europeia PAN Parks que agrega a elite dos parques nacionais na Europa.
"Somos geridos por gente que nos quer tirar os nossos ancestrais, usos e costumes", lamentou, garantindo que as populações do Parque estão todas contra a medida e querem um estatuto especial, de "residentes" para não continuarem "a ser tratados como turistas".
"Somos geridos por gente que nos quer tirar os nossos ancestrais, usos e costumes", lamentou, garantindo que as populações do Parque estão todas contra a medida e querem um estatuto especial, de "residentes" para não continuarem "a ser tratados como turistas".
A recente entrada do PNPG na rede PAN Parks obriga à manutenção de uma área mínima de cinco mil hectares sem população, limite que terá de ser alargado, a médio prazo, para 10 mil hectares. A medida consta do processo de revisão do Plano de Ordenamento do PNPG, que se encontra prestes a ser concluído, de modo a entrar em discussão pública no primeiro trimestre de 2009.
Entre os requisitos de adesão das áreas protegidas à certificação PAN Parks destacam-se também, a obrigação de possuir uma extensa área, não inferior a 20.000 hectares, e de integrar uma wilderness zone (zona sem intervenção humana) com uma área mínima de 10.000 hectares. A rede engloba os parques nacionais de Rila e Central Balkan, na Bulgária, Borjomi-Kharagauli, na Geórgia, Bieszczady na Polónia, Archipelago na Turquia, Fulujallet, na Suécia, Majella, em Itália, Paanarjavi, na Rússia, Retezat, na Roménia, e Oulanka, na Finlândia.
A adesão impõe, também, o desenvolvimento de uma política de gestão da visitação (plano de gestão de visitantes) e de uma estratégia de desenvolvimento do turismo sustentável, de forma participada.
A Lusa tentou obter um comentário do director do PNPG ou do departamento de gestão de parques do Norte, o que não conseguiu, até ao momento. O Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade defende, no seu site, que a adesão à rede permite que a Área Protegida se insira numa rede de excelência, onde apenas constam os melhores Parques da Europa, sendo a única estrutura da Península Ibérica a integrar esta rede.
"Com a certificação PAN Parks é de esperar um incremento substancial do afluxo de turistas estrangeiros (nomeadamente do norte da Europa), pois irá permitir integrar o PNPG no roteiro dos grandes operadores turísticos especializados em turismo de natureza", sustenta o site do instituto.
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Entre os requisitos de adesão das áreas protegidas à certificação PAN Parks destacam-se também, a obrigação de possuir uma extensa área, não inferior a 20.000 hectares, e de integrar uma wilderness zone (zona sem intervenção humana) com uma área mínima de 10.000 hectares. A rede engloba os parques nacionais de Rila e Central Balkan, na Bulgária, Borjomi-Kharagauli, na Geórgia, Bieszczady na Polónia, Archipelago na Turquia, Fulujallet, na Suécia, Majella, em Itália, Paanarjavi, na Rússia, Retezat, na Roménia, e Oulanka, na Finlândia.
A adesão impõe, também, o desenvolvimento de uma política de gestão da visitação (plano de gestão de visitantes) e de uma estratégia de desenvolvimento do turismo sustentável, de forma participada.
A Lusa tentou obter um comentário do director do PNPG ou do departamento de gestão de parques do Norte, o que não conseguiu, até ao momento. O Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade defende, no seu site, que a adesão à rede permite que a Área Protegida se insira numa rede de excelência, onde apenas constam os melhores Parques da Europa, sendo a única estrutura da Península Ibérica a integrar esta rede.
"Com a certificação PAN Parks é de esperar um incremento substancial do afluxo de turistas estrangeiros (nomeadamente do norte da Europa), pois irá permitir integrar o PNPG no roteiro dos grandes operadores turísticos especializados em turismo de natureza", sustenta o site do instituto.
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Fonte: Agência LUSA
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