O comandante dos Bombeiros de Montalegre, não sabe o que é dormir uma noite inteira há cerca de um mês. "Passámos da neve para os incêndios. Estamos todos cansados".
Desde o dia 1 de Março, só no concelho de Montalegre, já se registaram 50 incêndios. "Muitos dos quais com ignição depois da hora do jantar". O comandante dos bombeiros acredita, por isso, que a "maioria dos fogos são feitos por maldade.
Desde o dia 1 de Março, só no concelho de Montalegre, já se registaram 50 incêndios. "Muitos dos quais com ignição depois da hora do jantar". O comandante dos bombeiros acredita, por isso, que a "maioria dos fogos são feitos por maldade.
"As pessoas discordam da gestão do Parque Natural e da gestão dos baldios. E, por isso, quando ano se propicia, acontece isto", diz o comandante, para quem só "dez por cento dos incêndios resultam de queimadas descontrolados levadas a cabo por pessoas idosas que têm gosto de ver os terrenos limpos e arranjados".
O presidente da Junta de Paredes do Rio, integrada na área do Parque tem outra opinião. Acredita no contrário. Que a maioria dos fogos são provocados com o intuito de as pessoas limparem os terrenos. "Antigamente, havia muito gado e as pessoas tinham necessidade de cortar o matos para as cortes, agora não, o mato cresce e ninguém corta nada, ninguém limpa nada e, depois aparecem estas limpezas", explica, defendendo que esta situação só acaba com a marcação de queimadas por parte dos conselhos directivos ou do Parque. "O Parque já chegou a marcar, mas depois não as fazem", diz.
O comandante dos bombeiros de Montalegre está agora preocupado com os custos destes dias de intenso trabalho. "Nós temos despesas de 750 a mil euros por dia, mas ainda ninguém veio dizer quem vai assumir a despesa, uma vez que estamos fora da época de incêndios".
O comandante dos bombeiros de Montalegre está agora preocupado com os custos destes dias de intenso trabalho. "Nós temos despesas de 750 a mil euros por dia, mas ainda ninguém veio dizer quem vai assumir a despesa, uma vez que estamos fora da época de incêndios".
Margarida Luzio
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Fonte: Jornal de Notícias
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