O incêndio que lavra na Mata de Albergaria, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, é o fogo que inspira mais cuidados neste nomento no país, num total de dez por circunscrever, segundo o comandante nacional de operações de socorro, Gil Martins. Explicando que esta a mata é praticamente impenetrável, Gil Martins diz que “o principal problema tem sido o vento de leste forte, com rajadas de 70 a 80 quilómetros/ hora” que têm dificultado e até impedido os dois meios aéreos de actuar nesta zona junto à fronteira.
A sua adjunta, Patrícia Gaspar, adianta que o teatro de operações está a ser reforçado com meios terrestres e que o incêndios tem, de momento, duas frentes activas. Actualmente estão a combater o fogo 53 pessoas, acompanhadas de 19 veículos.
Há outro incêndio que no parque nacional, em Britelo, Ponte da Barca, que contudo não inspira o mesmo tipo de cuidados. É que a Mata de Albergaria é um dos mais importantes bosques do PNPG, constituída predominantemente por um carvalhal secular que inclui espécies características da fauna e da flora típicas do Gerês. Guarda também um troço de Via Romana, com as ruínas das suas pontes e um significativo conjunto de marcos miliários. A sua importância levou a que fosse classificada pelo Conselho da Europa como uma das Reservas Biogenéticas do Continente Europeu.
Patrícia Gaspar garante nos vários incêndios existente no país só está a arder floresta e mato e neste momento “não há qualquer população em risco". Outro fogo com alguma dimensão é o que deflagrou hoje às 8h02, em Travassos, Viseu, que mantém três frentes activas, uma das quais está a arder com muita intensidade. “O fumo obrigou a cortar a EN229 [entre Viseu e Sátão]”, informa Patrícia Gaspar. No terreno estão 107 combatentes e 30 veículos.
Em Vinhais, Bragança, localizado dentro do Parque Natural de Montezinho, arde desde as 9h30 uma zona de pinhal, que segundo Patrícia Gaspar, tem uma frente activa. Há dois incêndios que se iniciaram ontem e que continuam hoje por circunscrever (um em Montalegre, outro em Valpaços, ambos em Vila Real), respectivamente com 19 e 10 combatentes no local, que não despertam grande preocupação às autoridades.
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Fonte: Jornal PÚBLICO
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