O último moinho de vento do País com velas de madeira, instalado em Carreço, Viana do Castelo, vai passar em reparações o dia consagrado àqueles engenhos, depois de a intempérie lhe ter destruído o mastro. "Há cerca de um mês, o mau tempo partiu o mastro que suportava as velas, mas o 'hospital' já está a tratar de o reconstruir, prevendo-se que para Maio o moinho volte a funcionar em pleno", disse, à Lusa, o moleiro responsável por aquele engenho.
O "hospital" a que o moleiro se refere é uma pequena carpintaria em Santa Marta de Portuzelo, Viana do Castelo, cujo proprietário já foi responsável pelo trabalho de recuperação daquele moinho e de um outro existente no mesmo local. No calendário das efemérides portuguesas, o Dia Nacional dos Moinhos comemora-se a 7 de Abril.
Na década de 60 do século passado, um levantamento da Comissão de Regulação de Moagens de Rama (farinhas antes de serem peneiradas) estimou em 11.000 o número de moinhos de água e vento a funcionar e com uma produção dirigida ao mercado. Mas os especialistas consideram que o número de exemplares existentes "é muito superior".
A Rede Portuguesa de Moinhos, criada em Abril de 2006, está a efectuar um inventário para conhecer e preservar este património nacional, uma "tarefa gigantesca" que só deverá ficar concluída dentro de três décadas. O que os especialistas garantem é que em Carreço mora o último moinho de vento do país ainda a funcionar com velas trapezoidais em madeira.
"As velas em madeira têm a vantagem de também poderem funcionar em tempo de chuva, o que não acontece com as de pano, que quando ficam encharcadas deixam de andar", explicou Armindo Pires.
O "hospital" a que o moleiro se refere é uma pequena carpintaria em Santa Marta de Portuzelo, Viana do Castelo, cujo proprietário já foi responsável pelo trabalho de recuperação daquele moinho e de um outro existente no mesmo local. No calendário das efemérides portuguesas, o Dia Nacional dos Moinhos comemora-se a 7 de Abril.
Na década de 60 do século passado, um levantamento da Comissão de Regulação de Moagens de Rama (farinhas antes de serem peneiradas) estimou em 11.000 o número de moinhos de água e vento a funcionar e com uma produção dirigida ao mercado. Mas os especialistas consideram que o número de exemplares existentes "é muito superior".
A Rede Portuguesa de Moinhos, criada em Abril de 2006, está a efectuar um inventário para conhecer e preservar este património nacional, uma "tarefa gigantesca" que só deverá ficar concluída dentro de três décadas. O que os especialistas garantem é que em Carreço mora o último moinho de vento do país ainda a funcionar com velas trapezoidais em madeira.
"As velas em madeira têm a vantagem de também poderem funcionar em tempo de chuva, o que não acontece com as de pano, que quando ficam encharcadas deixam de andar", explicou Armindo Pires.
Datados de 1837 e entretanto classificados de imóveis de interesse público, os dois moinhos de Montedor foram em 1994 adquiridos pela Câmara, que depois os submeteu a profundas obras de recuperação, já que se apresentavam em adiantado estado de degradação. Em 2002, os dois moinhos reabriam portas, um deles transformado num centro de recursos, onde existe toda a informação relativa a este tipo de engenhos, à história da moagem e às características "singulares" do espólio que existe em Carreço.
O outro, de velas em madeira, voltava a funcionar como antigamente, permitindo a reconstituição da moagem do milho na sua forma mais tradicional. "Ainda hoje é aqui que venho moer o milho para as minhas galinhas, sempre que preciso", refere o moleiro. Além do mastro que suporta as velas, o moinho tem ainda um outro mastro que permite girar o tecto, para melhor aproveitamento do vento.
No mesmo local, há ainda um terceiro moinho, igualmente a funcionar, mas com velas em pano e pertença de um particular.
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O outro, de velas em madeira, voltava a funcionar como antigamente, permitindo a reconstituição da moagem do milho na sua forma mais tradicional. "Ainda hoje é aqui que venho moer o milho para as minhas galinhas, sempre que preciso", refere o moleiro. Além do mastro que suporta as velas, o moinho tem ainda um outro mastro que permite girar o tecto, para melhor aproveitamento do vento.
No mesmo local, há ainda um terceiro moinho, igualmente a funcionar, mas com velas em pano e pertença de um particular.
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Fonte: Expresso
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