Nuvens produzidas em laboratório ajudam a compreender a sua formação na atmosfera. Partículas de chumbo, resultantes das actividades humanas, favorecem a formação de nuvens de baixa altitude e com menor teor de água, o que pode mudar os actuais padrões de precipitação no planeta. Além disso, também deixam escapar mais calor da atmosfera.
As partículas de chumbo na atmosfera, originadas na maioria pelas actividades humanas, favorecem a formação de nuvens, o que pode transformar os padrões de precipitação e o equilíbrio da energia solar na Terra.
Um grupo de internacional de investigadores conseguiu demonstrar pela primeira vez que as partículas de chumbo na atmosfera - sobretudo provocadas pela queima de carvão e, durante muitas décadas, pela utilização de combustíveis que continham chumbo - facilitam a formação de nuvens de baixa altitude e com menos teor de água. De acordo com a equipa, liderada pelo químico Dan Cziczo, do Pacific Northwest National Laboratory, em Richland, nos Estados Unidos, este tipo de nuvens, cuja formação é facilitada pela tais partículas de chumbo, deixam também escapar, em certas condições, mais calor da atmosfera terrestre, causando ali um ligeiro arrefecimento.
Esta poderia ser, aliás, uma das hipóteses para explicar o ritmo de aquecimento menor da temperatura média do planeta entre as décadas de 40 e 80 do século XX. Nessa altura, havia muito mais partículas de chumbo na atmosfera. Mas com a diminuição da utilização do carvão nos países industrializados e a proibição de utilização de gasolina com chumbo, nos anos 90, essas partículas terão diminuído desde então. E o ritmo de aquecimento também aumentou.
A equipa de Dan Cziczo decidiu colher amostras de ar no alto de uma montanha nos Estados Unidos, depois utilizou-as para criar pequenas nuvens artificiais no laboratório e analisou o seu conteúdo. Os resultados mostraram que metade dos cristais de gelo contidos nessas mini-nuvens de laboratório tinham partículas de chumbo.
Para poderem comparar dados, a equipa colheu então amostras de nuvens no topo de uma montanha suíça e descobriu que cerca de metade dos seus cristais de gelo também continha chumbo. Finalmente, para perceber qual era exactamente o papel destas partículas de chumbo na formação das nuvens, os investigadores experimentaram diferentes condições da sua formação no laboratório, numa atmosfera com e sem chumbo, e descobriram que a última permitia a formação de nuvens com menos frio e menor teor de água. Isto sugere que, no futuro, estas nuvens com menos água podem alterar os padrões de precipitação no planeta.
As partículas de chumbo na atmosfera, originadas na maioria pelas actividades humanas, favorecem a formação de nuvens, o que pode transformar os padrões de precipitação e o equilíbrio da energia solar na Terra.
Um grupo de internacional de investigadores conseguiu demonstrar pela primeira vez que as partículas de chumbo na atmosfera - sobretudo provocadas pela queima de carvão e, durante muitas décadas, pela utilização de combustíveis que continham chumbo - facilitam a formação de nuvens de baixa altitude e com menos teor de água. De acordo com a equipa, liderada pelo químico Dan Cziczo, do Pacific Northwest National Laboratory, em Richland, nos Estados Unidos, este tipo de nuvens, cuja formação é facilitada pela tais partículas de chumbo, deixam também escapar, em certas condições, mais calor da atmosfera terrestre, causando ali um ligeiro arrefecimento.
Esta poderia ser, aliás, uma das hipóteses para explicar o ritmo de aquecimento menor da temperatura média do planeta entre as décadas de 40 e 80 do século XX. Nessa altura, havia muito mais partículas de chumbo na atmosfera. Mas com a diminuição da utilização do carvão nos países industrializados e a proibição de utilização de gasolina com chumbo, nos anos 90, essas partículas terão diminuído desde então. E o ritmo de aquecimento também aumentou.
A equipa de Dan Cziczo decidiu colher amostras de ar no alto de uma montanha nos Estados Unidos, depois utilizou-as para criar pequenas nuvens artificiais no laboratório e analisou o seu conteúdo. Os resultados mostraram que metade dos cristais de gelo contidos nessas mini-nuvens de laboratório tinham partículas de chumbo.
Para poderem comparar dados, a equipa colheu então amostras de nuvens no topo de uma montanha suíça e descobriu que cerca de metade dos seus cristais de gelo também continha chumbo. Finalmente, para perceber qual era exactamente o papel destas partículas de chumbo na formação das nuvens, os investigadores experimentaram diferentes condições da sua formação no laboratório, numa atmosfera com e sem chumbo, e descobriram que a última permitia a formação de nuvens com menos frio e menor teor de água. Isto sugere que, no futuro, estas nuvens com menos água podem alterar os padrões de precipitação no planeta.
Filomena Naves
* * * * * * * * * * * * * * * * * *
Fonte: Diário de Notícias
Sem comentários:
Enviar um comentário