Apesar dos alertas da Protecção Civil para a possibilidade de isolamento durante a madrugada de ontem, a noite foi tranquila em Reguengo do Alviela, que habitualmente é a primeira aldeia do concelho de Santarém a sofrer os efeitos das cheias. Ao longo da EN365 avistam-se os campos de cultivo que rodeiam a aldeia já alagados, mas os habitantes não alteraram a sua rotina diária. As condições meteorológicas acabaram por ser favoráveis, e até a Protecção Civil decidiu diminuir o nível de alerta passando para azul (o mínimo) em alguns distritos, face à aparente normalização das bacias hidrográficas.
Vão manter-se em alerta amarelo os distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Guarda, Leiria, Porto, Viana do Castelos, Vila Real e ainda Viseu. Segundo o Instituto de Meteorologia, o estado do tempo continuará a estar condicionado pela passagem de uma depressões até dia 3, que arrasta ventos e chuvas fortes, mas está prevista uma melhoria temporária a partir de hoje no Sul e nos dias 1 e 2 no resto do Continente.
Habituados às ameaças, foram poucos os que em Reguengo do Alviela mudaram mobiliário e bens pessoais para zonas mais altas ou retiraram os animais dos locais. "Interessa-nos é saber quantos metros o Tejo vai subindo em Constância ou na Barquinha", afirma um residente, que assenta este raciocínio em razões quase matemáticas. "Se a água subir dois metros na Barquinha, sobe dois palmos aqui. Quando sobe sete ou oito metros e galga o Dique dos 20, na Golegã, ainda temos mais de 12 horas para tratar das nossas coisas até ficarmos isolados", explica.
A região foi ontem sobrevoada de helicóptero pelo ministro Rui Pereira, que visitou as zonas afectadas pelo mau tempo.
Pormenores:
Vão manter-se em alerta amarelo os distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Guarda, Leiria, Porto, Viana do Castelos, Vila Real e ainda Viseu. Segundo o Instituto de Meteorologia, o estado do tempo continuará a estar condicionado pela passagem de uma depressões até dia 3, que arrasta ventos e chuvas fortes, mas está prevista uma melhoria temporária a partir de hoje no Sul e nos dias 1 e 2 no resto do Continente.
Habituados às ameaças, foram poucos os que em Reguengo do Alviela mudaram mobiliário e bens pessoais para zonas mais altas ou retiraram os animais dos locais. "Interessa-nos é saber quantos metros o Tejo vai subindo em Constância ou na Barquinha", afirma um residente, que assenta este raciocínio em razões quase matemáticas. "Se a água subir dois metros na Barquinha, sobe dois palmos aqui. Quando sobe sete ou oito metros e galga o Dique dos 20, na Golegã, ainda temos mais de 12 horas para tratar das nossas coisas até ficarmos isolados", explica.
A região foi ontem sobrevoada de helicóptero pelo ministro Rui Pereira, que visitou as zonas afectadas pelo mau tempo.
Pormenores:
Seixal - O vento forte derrubou oito árvores em Fernão Ferro, no Seixal, o que danificou quatro habitações e uma viatura, divulgaram os bombeiros locais;
Alerta reduzido - A Autoridade Nacional de Protecção Civil diminui o nível de alerta de amarelo para azul (menos grave numa escala de quatro), hoje, na região Sul;
Alerta reduzido - A Autoridade Nacional de Protecção Civil diminui o nível de alerta de amarelo para azul (menos grave numa escala de quatro), hoje, na região Sul;
Estradas encerradas - Cortadas sete estradas nos distritos de Lisboa, Vila Real, Beja, Castelo Branco, Santarém, Braga e Aveiro;
Bens na Ilha do Corvo - Quinze dias depois, a ilha do Corvo, nos Açores, voltou a receber ontem bens de primeira necessidade por carregamento aéreo;
Bens na Ilha do Corvo - Quinze dias depois, a ilha do Corvo, nos Açores, voltou a receber ontem bens de primeira necessidade por carregamento aéreo;
Agricultura no Algarve perde dois milhões - O mau tempo no Algarve causou prejuízos na agricultura, sobretudo na quarta-feira, que ascendem a dois milhões de euros, disse ontem ao CM o deputado socialista Miguel Freitas, que vai pedir a extensão à região dos apoios decididos ontem em Conselho de Ministros. Desde que foi lançado o alerta amarelo, às 12h00 de dia 28 e até às 15h00 de ontem, os bombeiros algarvios registaram 139 ocorrências relacionadas com o mau tempo, em especial pequenas inundações em perímetro urbano, a que acorreram 631 operacionais e 263 viaturas. Faro, Olhão e Tavira foram as zonas mais afectadas.
As barras de Alvor, Tavira e Vila Real de Santo António estavam ontem encerradas e a de Faro/Olhão apenas recebia embarcações com mais de dez metros. A ondulação era de cinco a seis metros. Para hoje prevê-se um desagravamento do estado do tempo.
"Ouvi gritos e o som das telhas a partir" - Um minitornado levou ontem de manhã o telhado a 12 casas situadas na rua Monte da Luz, em Canidelo, Vila Nova de Gaia. O incidente, apesar de ter demorado apenas alguns segundos, provocou o pânico nos populares.
"Estava em casa quando ouvi um barulho enorme. Vim à janela e já estava tudo partido. Só se via telhas e plásticos no ar. Foi assustador", contou ao CM um morador.
Embora rápido, o minitornado causou vários danos nas habitações, em especial nos telhados. Muitas pessoas chegaram a ter parte da casa a céu aberto. "Acordei com o barulho, apenas ouvia gritos e o som de telhas a partir. Quando terminou, parte da minha casa estava sem telhas, ficou um buraco enorme", explicou uma residente de 76 anos, proprietária de uma das casa afectadas.
O incidente teve início às 08h40, altura em que grande parte dos moradores ainda se encontrava em casa, o que, por sua vez, levou a que não se tenha registado feridos. Durante todo o dia de ontem os Sapadores de Gaia e vários funcionários da Câmara estiveram no local a avaliar os estragos e a tentar ao máximo minimizar os danos. No entanto, devido ao facto de algumas residências serem mais antigas, apenas foi possível fazer um arranjo provisório. "Os bombeiros tentaram arranjar tudo o mais rápido possível, mas como a minha casa já é antiga ainda vai demorar uns dias, até ficar tudo bem", afirmou.
"Ouvi gritos e o som das telhas a partir" - Um minitornado levou ontem de manhã o telhado a 12 casas situadas na rua Monte da Luz, em Canidelo, Vila Nova de Gaia. O incidente, apesar de ter demorado apenas alguns segundos, provocou o pânico nos populares.
"Estava em casa quando ouvi um barulho enorme. Vim à janela e já estava tudo partido. Só se via telhas e plásticos no ar. Foi assustador", contou ao CM um morador.
Embora rápido, o minitornado causou vários danos nas habitações, em especial nos telhados. Muitas pessoas chegaram a ter parte da casa a céu aberto. "Acordei com o barulho, apenas ouvia gritos e o som de telhas a partir. Quando terminou, parte da minha casa estava sem telhas, ficou um buraco enorme", explicou uma residente de 76 anos, proprietária de uma das casa afectadas.
O incidente teve início às 08h40, altura em que grande parte dos moradores ainda se encontrava em casa, o que, por sua vez, levou a que não se tenha registado feridos. Durante todo o dia de ontem os Sapadores de Gaia e vários funcionários da Câmara estiveram no local a avaliar os estragos e a tentar ao máximo minimizar os danos. No entanto, devido ao facto de algumas residências serem mais antigas, apenas foi possível fazer um arranjo provisório. "Os bombeiros tentaram arranjar tudo o mais rápido possível, mas como a minha casa já é antiga ainda vai demorar uns dias, até ficar tudo bem", afirmou.
Mais calmo no Alentejo - Ontem registaram-se algumas ocorrências no Alentejo, sobretudo no distrito de Beja, mas o dia foi "mais calmo" do que na terça-feira. Pequenas inundações e quedas de árvores ocuparam os serviços de Protecção Civil.
A ribeira de Sobral da Adiça, Moura, reduziu o caudal e o dia foi dedicado à limpeza das habituações e estabelecimentos afectados. Em Ourique, dois autotanques abasteceram o depósito de distribuição de água, devido ao rebentamento de uma conduta.
Barragens a transbordar - O volume de água armazenada nas barragens está no limite, com excepção das bacias do Oeste, Sado e Arade. No seu conjunto, as 53 barragens atingem valores superiores à média dos últimos 20 anos, com particular destaque para a barragem do Alqueva, que conta com 86% e atinge agora a cota dos 149,3 metros, a um metro do seu máximo histórico, obtido em Março de 2007.
Barragens a transbordar - O volume de água armazenada nas barragens está no limite, com excepção das bacias do Oeste, Sado e Arade. No seu conjunto, as 53 barragens atingem valores superiores à média dos últimos 20 anos, com particular destaque para a barragem do Alqueva, que conta com 86% e atinge agora a cota dos 149,3 metros, a um metro do seu máximo histórico, obtido em Março de 2007.
A barragem do Guilhofre, na bacia do Ave, está a 100%. Douro e Tejo registam 73% da capacidade máxima.
Neve fecha estradas na Serra da Estrela - As estradas de acesso ao maciço central da serra da Estrela fecharam ontem devido à queda de neve, revelou o comando distrital de operações de socorro da Guarda. Já estão abertas;
Neve fecha estradas na Serra da Estrela - As estradas de acesso ao maciço central da serra da Estrela fecharam ontem devido à queda de neve, revelou o comando distrital de operações de socorro da Guarda. Já estão abertas;
Douro desce na Régua - O caudal do rio Douro desceu ontem em Peso da Régua, o que levou a população a regressar à normalidade, com os comerciantes a reabrirem depois de uma noite de sobressalto.
João Nuno Pepino com J.S./A.P./A.I.F./N.R.
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Fonte: Correio da Manhã
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