quinta-feira, 17 de junho de 2010

3016. Inundações em França já mataram 20 pessoas

Chuvas torrenciais mataram 20 pessoas no Sudeste da França e atingiram áreas importantes das Astúrias, em Espanha, obrigando a retirar centenas de pessoas das zonas inundadas. As áreas mais atingidas são as francesas, sobretudo a cidade de Draguidnan, onde morreram oito pessoas. Nesta localidade, a água chegou a subir dois metros.
Em Draguidnan registaram-se 300 milímetros de chuva, um valor enorme para esta região, onde não havia uma tal medição desde 1827. Segundo dizia à AFP a autarca da prefeitura do Var, Corinne Orzechowski, "esta manhã [ontem] encontrámos o coração da cidade devastado, com as carcaças de viaturas nas ruas, as estradas arruinadas, as casas esventradas, restos de infra-estruturas".
Outro autarca descrevia o cenário local como sendo "deplorável". E um correspondente da AFP falava em cinquenta viaturas a flutuarem, entre as quais o automóvel da própria testemunha.
As cheias ocorreram demasiado depressa e muitas pessoas foram surpreendidas pela subida das águas. As autoridades francesas estão a reforçar o dispositivo da protecção civil e a destacar reforços para a região afectada.
Além de ter provocado vítimas, o mau tempo em França produziu grandes estragos e interrompeu o abastecimento de electricidade a mais de 200 mil pessoas. O serviço já foi parcialmente restabelecido, mas há ainda 70 mil a 80 mil pessoas sem energia em casa. Uma prisão com 500 detidos teve de ser evacuada e várias linhas de comboio ficaram sob água.
Em Espanha, as chuvas torrenciais também provocaram muitos estragos, embora não haja notícia de vítimas. Os rios Nalon e Sella transbordaram e várias dezenas de pessoas tiveram de ser salvas pelos bombeiros asturianos. Estradas interrompidas e a necessidade de proceder à evacuação de pessoas, como doentes e idosos, já obrigou as autoridades autonómicas a solicitar ajuda externa. A meteorologia previa ontem uma provável melhoria da situação e foram emitidos avisos de precaução na circulação nas estradas.
Luís Naves
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Fonte: DN

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