Milhares de pessoas formaram hoje um cordão humano contra as toneladas de inertes do temporal de 20 de Fevereiro de 2010 depositadas a leste do cais do Funchal e que o Governo Regional quer aproveitar para construir um novo cais.
"Esta iniciativa excedeu a minha expectativa e visa sensibilizar o povo em geral e as autoridades em particular para a necessidade da retirada do aterro deste local e devolver a praia de calhau rolado que aqui existia. Pretende também ser uma homenagem às vítimas do temporal de 20 de Fevereiro de 2010", salientou à agência Lusa Miguel Sá, que organizou o protesto. "Tratou-se de uma iniciativa pacífica, apolítica e apartidária apesar de já ter visto alguns políticos por aí. Mas eu não tenho nada a ver com essa gente", disse ainda, numa referência à presença de dirigentes do PS, PCP, BE, MPT e PND
A iniciativa foi promovida e divulgada através da rede social Facebook e mais de 600 internautas manifestaram-lhe apoio enquanto que a petição para a remoção do aterro já foi assinada por mais de mil pessoas. Entre as pessoas que formaram o cordão humano esteve o vereador responsável pela área do Ambiente na Câmara Municipal do Funchal, Costa Neves, que disse à Lusa estar ali "como cidadão".
"Esta iniciativa excedeu a minha expectativa e visa sensibilizar o povo em geral e as autoridades em particular para a necessidade da retirada do aterro deste local e devolver a praia de calhau rolado que aqui existia. Pretende também ser uma homenagem às vítimas do temporal de 20 de Fevereiro de 2010", salientou à agência Lusa Miguel Sá, que organizou o protesto. "Tratou-se de uma iniciativa pacífica, apolítica e apartidária apesar de já ter visto alguns políticos por aí. Mas eu não tenho nada a ver com essa gente", disse ainda, numa referência à presença de dirigentes do PS, PCP, BE, MPT e PND
A iniciativa foi promovida e divulgada através da rede social Facebook e mais de 600 internautas manifestaram-lhe apoio enquanto que a petição para a remoção do aterro já foi assinada por mais de mil pessoas. Entre as pessoas que formaram o cordão humano esteve o vereador responsável pela área do Ambiente na Câmara Municipal do Funchal, Costa Neves, que disse à Lusa estar ali "como cidadão".
"Participo aqui como cidadão que se preocupa com o Funchal e queria relembrar dois aspectos que acho que têm sido esquecidos. Um deles é que todo este volume de inertes que aqui está tem um potencial económico muito grande, ou seja, pode ser retirado e aproveitado para obras da reconstrução", sustentou. Para Costa Neves, com o aproveitamento do entulho "composto essencialmente por basalto puro e duro", haveria uma poupança mas também assim se evitaria "explorar o basalto em pedreiras em formações naturais", ou seja, haveria "uma salvaguarda ambiental". "Realçaria ainda que a baía do Funchal não é pertença do Governo Regional, a baía do Funchal é um património de todos e nós, enquanto aqui estamos de passagem, somos apenas fiéis depositários de um património que é de todos e que temos o dever de entregar o melhor possível às gerações futuras", concluiu.
As pessoas concentraram-se no cais da cidade do Funchal tendo-se depois dirigido ao aterro, onde formaram um cordão humano que durou cerca de uma hora e onde foi respeitado um minuto de silêncio pelas 48 vítimas mortais e pelos seis desaparecidos no temporal de há um ano. Na área do "depósito temporário de inertes" que cobre a praia de calhau rolado que antes exista a leste da cidade da capital madeirense, o Governo Regional decidiu construir um novo cais acostável de 300 metros. O projecto prevê ainda a construção de uma nova praça, três praias de calhau rolado, novas protecções marítimas e a formação de uma única foz para as ribeiras de João Gomes e de Santa Luzia.
Numa nota, o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, minimiza o "escarcéu agora promovido" pelos oponentes do projecto e declara que o seu Executivo "fará mesmo o anunciado, grite quem gritar, pois até é necessário para alavancar a economia e o emprego".
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Fonte: SIC
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