segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

3385. Radares que vigiavam a costa nacional estão desligados desde Novembro

O deputado comunista António Filipe lamentou hoje que o sistema de vigilância da costa marítima não tenha sido substituído a tempo, sublinhando que deviam ter sido tomadas medidas porque era previsível que o que existia ia ficar obsoleto. “O que há aqui de negativo é o facto de ter havido um sistema que ficou obsoleto, sendo que era previsível que isto ia acontecer porque o sistema não fica obsoleto de um dia para o outro”, disse à Lusa o deputado do PCP.
Segundo noticiou hoje o Diário de Notícias, os radares que vigiavam a costa nacional estão desligados desde Novembro, sendo a vigilância da costa e do mar feita com recurso a 50 binóculos. O jornal adianta que a ordem para a desactivação do Sistema Integrado de Vigilância foi dada a 8 de Novembro passado, e que os novos radares só deverão começar a funcionar em Agosto.
A informação foi avançada pelo Ministério da Administração Interna na sequência de um pedido de esclarecimento do PCP, sendo que o Governo garante que o controlo da costa nunca esteve em causa e que as apreensões de droga e do pescado até aumentaram em relação ao ano anterior. “Isto não nos tranquiliza porque, sendo positivo [o aumento das apreensões], poderia levar a concluir que não era preciso sistema nenhum”, alertou António Filipe.
“Evidentemente que temos autoridades que se esforçam e fazem o melhor para que, mesmo na falta deste sistema, a costa não fique desprotegida”, admitiu o deputado. No entanto, realçou, “se o Estado decide investir num sistema electrónico de vigilância da costa, é porque é necessário”.
Para o deputado, o importante agora é que o sistema esteja “montado o mais rapidamente possível e que as obras que estão em curso se concluam sem que haja derrapagens”. Por isso, garantiu, o PCP irá “continuar a acompanhar esta questão com preocupação”.
* * * * * * * * * * * *
Fonte: DESTAK

Sem comentários: