segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

3386. PORTUGAL CONTINENTAL: Precipitação e Vento Forte, Queda de Neve e Agitação Marítima

Alerta da
* * *
No seguimento do contacto com o Instituto de Meteorologia (IM) realizado hoje no Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), salienta-se que o estado do tempo, pelo menos até à próxima Quarta-feira (16/02), será condicionado pela passagem de uma superfície frontal (14 e 15/02), bem como pela aproximação de uma depressão (16/02), que afectarão todo o território de Portugal Continental. Como tal, salienta-se o seguinte:
• Ocorrência de períodos de chuva, alternando com aguaceiros, no geral fortes, com maior relevância nas Regiões do Litoral Norte e Centro, já a partir da tarde do dia de hoje (14/02); contudo, a partir da madrugada do dia de amanhã também se prevê a ocorrência de períodos de chuva forte no distrito de Faro;
• Queda de neve em especial nas Regiões do Interior Norte e Centro, situando-se em cotas que poderão descer até aos 600/800 metros;
• Vento soprando de forte a muito forte, tanto no Litoral como nas Terras Altas, e com rajadas que no Litoral poderão ir até aos 70 km/h, e nas Terras Altas até aos 90 km/h;
• Agitação marítima afectando toda a costa do território continental, sendo que a altura significativa das ondas poderá atingir os 8 a 9 metros na próxima Quarta-feira (16/02) na Costa Ocidental, e 4 a 5 metros na Costa Sul. Esta situação de agravamento do fenómeno de agitação marítima será gradual ao longo dos próximos dias, até ao dia 16/02.
Face a esta situação meteorológica deverá ser dado especial atenção ao seguinte:
• Risco de inundações em áreas fortemente urbanizadas, ou de cheias em redor de linhas de água de comportamento torrencial. Nesse contexto, chama-se a atenção para as áreas historicamente mais vulneráveis;
• Risco de cheias em algumas bacias hidrográficas, em especial do norte e centro do território continental, destacando-se as grandes bacias do Minho, Lima, Cávado, Douro e Vouga; neste contexto, chama-se a atenção para as áreas historicamente mais vulneráveis;
• Risco de aceleramento do fenómeno de erosão costeira, chamando-se a atenção para as áreas historicamente mais vulneráveis (exemplo: Litoral de Espinho, Esmoriz e Esposende, Costa da Caparica, Ilhas de Faro, Olhão e Tavira).
A Autoridade Nacional de Protecção Civil recomenda a tomada de algumas medidas de precaução, relativamente a:
• Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água;
• Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
• Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
• Interrupção de vias rodoviárias devido à queda de neve;
• Possibilidade de formação de lençóis de água nas estradas, nomeadamente nos locais onde a precipitação for mais intensa;
• Intoxicações por inalação de gases, por inadequada ventilação, em habitações onde se utilizem aquecimentos com lareiras e braseiras;
• Incêndios em habitações, resultantes da má utilização de lareiras e braseiras ou avarias em circuitos eléctricos;
• Danos para a saúde, em particularmente dos cidadãos mais debilitados e/ou com condições crónicas que os tornem mais vulneráveis às temperaturas baixas;
• Danos em estruturas montadas ou suspensas;
• Possíveis acidentes na orla costeira.
Todos estes cenários podem ser prevenidos se, atempadamente, forem tomadas medidas que anulem ou minimizem os seus efeitos. A ANPC recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção e precaução, tomando especial atenção:
1. Às informações do Instituto de Meteorologia e indicações da Protecção Civil e Forças de Segurança, mantendo-se atentos à situação;
2. À desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculo ao livre escoamento das águas;
3. A adopção de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água ou gelo nas vias ou com a redução da visibilidade;
4. Ao não atravessamento de zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
5. Às actividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos, passeios à beira-mar e estacionamento de veículos na orla marítima;
6. À verificação do bom estado de conservação e operação de aparelhos eléctricos para aquecimento;
7. À escolha de várias camadas de vestuário em detrimento de uma única peça ou casaco;
8. À manutenção de uma rede de contactos com vizinhança e familiares que permita um contacto rápido em caso de doença súbita ou agravamento de doenças já existentes;
9. Às actividades físicas intensas que não devem realizar-se em momentos de desconforto térmico;
10. À adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas e
11. Aos cuidados a ter com o aquecimento do lar, nomeadamente, a importante de uma adequada ventilação quando se utiliza braseiras ou, no caso do uso de lareiras, a utilização de um resguardo próprio para evitar que qualquer faúlha salte para o exterior.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil, através do Comando Nacional de Operações de Socorro, continuará a acompanhar permanentemente a situação em estreita articulação com o Instituto de Meteorologia, os Agentes de Protecção Civil e demais Entidades relevantes para a situação em apreço, emitindo os Comunicados Técnicos Operacionais que se julguem necessários.

Sem comentários: