quarta-feira, 8 de junho de 2011

3530. Mês de Maio foi o mais quente desde 1931

O mês de Maio foi o mais quente em Portugal Continental desde 1931, com valores médios de temperatura máxima de 24,86º Célsius, de acordo com o Instituto de Meteorologia (IM). A temperatura máxima em Maio foi de mais 3,90º face ao valor normal do período de referência (1971-2000). Também a temperatura média e mínima foram mais elevadas.
Em Maio ocorreram duas ondas de calor, sendo que a primeira sucedeu no período de 9 a 19 de Maio nas regiões do litoral Norte e Centro e nas regiões a sul do rio Tejo, excepto Algarve e alguns locais do Baixo Alentejo. A segunda onda de calor verificou-se apenas nas regiões do Norte, em particular no interior, no período de 20 a 30 de Maio.
"Também o número de dias com valores de temperatura máxima superior ou igual a 25º e a 30º foi muito superior ao valor normal de 1971-2000, em todo o continente. Verificou-se ainda a ocorrência de noites tropicais (noites com temperatura mínima superior ou igual a 20º) em alguns locais do Continente", refere o boletim climatológico de Maio.
O valor da quantidade de precipitação no continente foi de 67.2mm, um valor próximo da normal registada no período de 1971-2000 (71.2mm). Durante o mês passado houve "ocorrência de muita instabilidade, com ocorrência de aguaceiros muito localizados, em especial nas regiões do interior, por vezes fortes a muito fortes, de granizo e acompanhados de trovoada, o que deu origem em alguns locais a inundações e estragos sobretudo em culturas agrícolas", refere o relatório.
No arquipélago da Madeira, os valores médios da temperatura máxima, média e mínima do ar também foram superiores aos valores médios do período de referência. No arquipélago dos Açores, os valores médios da temperatura máxima, média e mínima do ar foram, em geral, inferiores aos valores médios (1971-2000), excepto a temperatura média em Ponta Delgada e a mínima em Ponta Delgada e em Santa Maria, que foram superiores.
Em 31 de Maio de 2011 e de acordo com o Observatório de Seca do IM, "a área em situação de seca meteorológica no litoral Norte e Centro aumentou e a gravidade acentuou-se, estando agora 2 por cento em seca severa, 10 por cento em seca moderada e 14 por cento em seca fraca". No restante território continua a não existir seca.
O índice de seca meteorológica integra nove níveis entre chuva extrema e seca extrema. A seca meteorológica pode não corresponder às secas hidrológica ou agrícola, dado que existe sempre um desfasamento de tempo entre os valores meteorológicos e hidrológicos, porque a falta de chuva pode demorar a reflectir-se nas albufeiras.
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