Apaixonado pelos fenómenos da meteorologia, Hélder Silvano faz estudos, compilações, projecções e análises ao minuto de tal forma fiáveis que os bombeiros e a protecção civil distritais não dispensam os seus préstimos. Hoje com 50 anos, o professor reformado dedica o seu tempo a múltiplas actividades recreativas, lúdicas e culturais mas a menina dos seus olhos é a estação meteorológica de última geração que tem no telhado de sua casa e o sítio na internet (meteoabrantes.pt) onde disponibiliza os seus estudos e projecções.
No fim de contas, um aparelho de medição de última geração com sistema de sensores que permitem medir a velocidade do vento, a temperatura e humidade relativa do ar, a quantidade de precipitação e a pressão atmosférica, para além de medir também a radiação solar e a radiação ultravioleta.
“Tudo começou com um percalço”, disse à Lusa, lembrando um passeio de barco pela albufeira de Castelo de Bode: “Era um dia típico de Verão e estava sozinho em plena albufeira quando o meu barco se avariou. De repente, vinda do nada, uma tempestade brutal com trovoadas, raios e relâmpagos. E eu ali”. Ao ver os raios a caírem à sua volta, atraídos pela água, Hélder Silvano teve a noção que o seu corpo estaria a servir de para raios e que o seu fim estaria próximo. Acabou por ser salvo por um campista mas, “a partir daquele momento comecei a ler e a interessar-me pelo estudo deste tipo de fenómenos”, recordou.
Mais do que um passatempo, a interacção entre bombeiros e protecção civil projectam hoje a sua actividade para um “espírito de missão”, fruto da fiabilidade das suas projecções resultantes do cruzamento de dados com redes de meteorologistas amadores de todo o mundo.
O presidente da Federação Distrital dos Bombeiros de Santarém e comandante do corpo de bombeiros de Constância, confirmou que não dispensa as consultas ao trabalho desenvolvido por aquele meteorologista amador, um trabalho que classificou de excepcional. “A estação, o trabalho e a investigação que desenvolve é excelente e é através do seu sistema que fazemos os nossos briefings por ser muito fiável, por vezes mais fiável do que os dados disponibilizados pelo Instituto de Meteorologia”, acrescentou.
Além de ter sido dos primeiros a detectar a tempestade tropical ‘Grace’ ou de ter alertado para as condições propícias à formação do tornado que viria a assolar as localidades de Tomar, Sertã e Ferreira do Zêzere, em 2010, Hélder Silvano passou a encarar o seu passatempo com um espírito de missão depois de ter sido o responsável pela resolução de um incêndio de grandes proporções. “Um incêndio enorme estava incontrolável e aproximava-se da povoação de Mouriscas quando detectei uma súbita mudança de direcção e de velocidade, típico dos finais de tarde. Alertei os bombeiros no terreno, eles reposicionaram-se e o fogo foi ter com eles. Morreu ali”.
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Fonte: O Mirante
No fim de contas, um aparelho de medição de última geração com sistema de sensores que permitem medir a velocidade do vento, a temperatura e humidade relativa do ar, a quantidade de precipitação e a pressão atmosférica, para além de medir também a radiação solar e a radiação ultravioleta.
“Tudo começou com um percalço”, disse à Lusa, lembrando um passeio de barco pela albufeira de Castelo de Bode: “Era um dia típico de Verão e estava sozinho em plena albufeira quando o meu barco se avariou. De repente, vinda do nada, uma tempestade brutal com trovoadas, raios e relâmpagos. E eu ali”. Ao ver os raios a caírem à sua volta, atraídos pela água, Hélder Silvano teve a noção que o seu corpo estaria a servir de para raios e que o seu fim estaria próximo. Acabou por ser salvo por um campista mas, “a partir daquele momento comecei a ler e a interessar-me pelo estudo deste tipo de fenómenos”, recordou.
Mais do que um passatempo, a interacção entre bombeiros e protecção civil projectam hoje a sua actividade para um “espírito de missão”, fruto da fiabilidade das suas projecções resultantes do cruzamento de dados com redes de meteorologistas amadores de todo o mundo.
O presidente da Federação Distrital dos Bombeiros de Santarém e comandante do corpo de bombeiros de Constância, confirmou que não dispensa as consultas ao trabalho desenvolvido por aquele meteorologista amador, um trabalho que classificou de excepcional. “A estação, o trabalho e a investigação que desenvolve é excelente e é através do seu sistema que fazemos os nossos briefings por ser muito fiável, por vezes mais fiável do que os dados disponibilizados pelo Instituto de Meteorologia”, acrescentou.
Além de ter sido dos primeiros a detectar a tempestade tropical ‘Grace’ ou de ter alertado para as condições propícias à formação do tornado que viria a assolar as localidades de Tomar, Sertã e Ferreira do Zêzere, em 2010, Hélder Silvano passou a encarar o seu passatempo com um espírito de missão depois de ter sido o responsável pela resolução de um incêndio de grandes proporções. “Um incêndio enorme estava incontrolável e aproximava-se da povoação de Mouriscas quando detectei uma súbita mudança de direcção e de velocidade, típico dos finais de tarde. Alertei os bombeiros no terreno, eles reposicionaram-se e o fogo foi ter com eles. Morreu ali”.
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Fonte: O Mirante
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