A Quercus sublinha que as licenças atribuídas pelo CELE são
de cerca de 35 milhões de toneladas de CO2 por ano, mas em 2010 o número foi de
25 milhões. Significa isto, segundo Ana Rita Antunes, do grupo de Energia e
Alterações Climáticas da associação ambientalista, que tem de haver uma revisão
do CELE para que sejam atribuídas menos licenças, sob pena de «não estarmos a
incentivar a indústria a tornar-se mais eficiente». Segundo a responsável, há demasiadas
licenças atribuídas.
Apesar do sector electroprodutor ficar sem licenças
gratuitas já no ano que vem, Ana Rita Antunes sublinha que não chega: «A
Quercus fez as contas e a percentagem de produção de electricidade de fontes
renováveis baixou 6,4 por cento relativamente a 2010, compensada à custa do
aumento das centrais térmicas. Só as centrais a carvão de Sines e Pêgo
contribuíram com 2,8 milhões de toneladas de CO2 em 2011», aponta. A
responsável da Quercus acrescenta ainda que o aumento foi de apenas 0,8 por
cento porque existe uma diminuição de emissões do lado da indústria, devido à
crise e à quebra no consumo.
A Quercus reagia à conclusão preliminar do Relatório de
Emissões de Gases com Efeito de Estufa (REGEE) da Agência Portuguesa do
Ambiente, que sublinha que em 2011 registou-se um aumento das emissões de CO2
em cerca de 0,8 milhões de toneladas, devido essencialmente ao sector de
produção de electricidade. Até 31 de Março, a APA recebeu 186 relatórios dos
operadores abrangidos pelo regime de Comércio Europeu de Licenças de Emissão
(CELE), de um universo de 187 instalações às quais esta obrigação se aplicava,
correspondendo a um total de emissões verificadas de 25.01 Mt CO2.
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Fonte: Portal Ambiente Online
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