quinta-feira, 24 de maio de 2012

3901. Portugal afectado com problemas de alterações climáticas


Luanda – A localização de Portugal na zona sul da Europa tem levado o país a várias implicações climáticas, caracterizadas pela redução de precipitações, aumento do nível da água do mar e frequentes casos de seca, disse em Luanda a ministra lusa da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas.
A governante, que avançou esse dado durante o seu discurso na cerimónia das actividades comemorativa do Dia Mundial da Água, sob o lema”A segurança alimentar”, referiu que Portugal está a passar por um período de seca, já com repercussões para os agricultores e na economia lusa. “Em Portugal já se sente as consequências dos problemas ambientais como a seca na zona do Alentejo, devido à redução de precipitações, assim como a subida do nível do mar, sendo que em certas zonas costeiras as águas estão já a chegar em algumas casas”, precisou.
Para reduzir esses efeitos, realçou, o governo português está a adoptar estratégias e práticas para reduzir esses problemas ambientais, estando a prever reforçar os acordos de cooperação com Angola nesse sector. “Embora com dimensões e características diferentes, considero que estas são preocupações comuns entre Angola e Portugal. Estou convicta de que a cooperação nessa matéria poderá fortalecer-nos e tornar-nos mais resistentes para enfrentar os desafios ambientais”, argumentou.
Segundo Conceição Cristas, num mundo em que o acesso a água potável se está a tornar cada vez mais escassa devido o aumento crescente da procura para as mais diversas actividades humanas e económicas, assim como pelos efeitos das alterações climáticas, é de importância vital a realização de uma gestão sustentável desse recurso. Sublinhou que de acordo com um relatório das Nações Unidas e Unesco, apresentado em Marselha (França), o forte crescimento populacional no mundo e as suas necessidades alimentares podem colocar em causa as reservas de água doce no mundo.
Segundo essas organizações, citou, a procura de bens alimentares deverá aumentar cerca de 70 porcento até ao ano de 2050. Num mundo global, ressaltou, estes são problemas de todos os países, principalmente daqueles que dependem da agricultura para o seu desenvolvimento social e económico.
“Embora a segurança alimentar tenha particular relevância para os países em desenvolvimento, uma vez que os desafios para o sector agrícola nessas regiões são enormes, a questão têm grande importância para todos devido às suas implicações sociais, económicas e ambientais”, alertou.
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Fonte: Angola Press

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