A ministra
da Agricultura disse esta terça-feira que as quebras de produção nos cereais e
noutros sectores eram expectáveis e comprometeu-se em assegurar que o
remanescente da linha de crédito de 50 milhões de euros será
disponibilizado.
"O Governo
actuou em matéria de seca a tempo, propondo um conjunto de medidas que estão
praticamente todas a ser executadas. Estamos a fazer o levantamento dessas
situações, mas era expectável que houvesse quebras de produção", afirmou
Assunção Cristas. A bordo do navio Almirante Gago Coutinho, em Sesimbra, onde
decorreu um teste ao robô submarino ROV Luso que vai recolher amostras do fundo
do mar para que Portugal possa enriquecer a sua candidatura à extensão da
plataforma Continental, a ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento
do Território comentou os dados divulgados na segunda-feira pelo Instituto
Nacional de Estatística (INE) que dão conta de que a produção de cereais no ano
agrícola de 2012 será "a mais baixa desde 2005".
"A situação
é ainda mais difícil porque não aconteceu só em Portugal. Vemos no resto do
mundo, nomeadamente nos Estados Unidos, uma seca profunda que trouxe perdas
relevantes de produção nessa área", adiantou a ministra. Assunção Cristas
comprometeu-se a "garantir que o remanescente da linha de crédito dos 50 milhões
de euros que foi primeiramente destinada à alimentação animal, possa agora ser
utilizada também por todas as áreas, nomeadamente a área vegetal e dos
produtores de cereais".
Sobre a
possibilidade de aumentar o preço do pão, a ministra da Agricultura não quis dar
certezas sobre como evitar a situação, admitindo que é "naturalmente muito
difícil". "É uma matéria que não depende apenas de nós. A agricultura tem estes
aspectos específicos, está dependente do clima e a nível mundial, por isso,
quando falamos em preços dos cereais estamos a falar de preços do mercado
mundial, das produções em várias partes do globo e, neste momento, estão a ser
vistos esses cenários", concluiu.
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Fonte: Negócios
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