Relativamente ao episódio de vento forte que foi
objecto do comunicado publicado em 14/11/2014 na página do IPMA, foi entretanto
possível recolher mais elementos relevantes quanto à destruição observada e
locais afectados. A natureza dos danos que foi possível observar localmente em
árvores e em edifícios, é compatível com a ocorrência de um
tornado.
Segundo o trajecto de destruição que foi possível
identificar, o tornado manteve contacto com o solo numa extensão de, pelo menos,
3 quilómetros, por um período total que se estima entre 2:30 e 3:00 minutos,
pouco antes das 20 UTC. Atendendo à velocidade de propagação da nuvem-mãe,
estima-se que o tornado tenha afectado cada local situado no seu trajecto de
destruição durante poucos segundos. A localidade de Courelinhas situou-se dentro
do trajecto de destruição do tornado. Danos generalizados em árvores, grandes
ramos cortados, algumas árvores de maior porte partidas ou desenraizadas,
algumas dependências de habitações destruídas e detritos (neste caso parte da
estrutura de edifícios) projectados a várias centenas de metros, permitem
classificar o tornado de Courelinhas como um tornado F1/T3, segundo a utilização
conjunta das escalas de Fujita (F) e Torro (T). Esta classificação corresponde a
estimar que o valor do vento máximo instantâneo (rajada, 3s) se situou numa gama
compreendida entre 42 m/s e 51 m/s, isto é, entre aproximadamente 151 km/h e 184
km/h.
Observações do radar Doppler de Coruche/Cruz do Leão
permitiram identificar a estrutura convectiva de tipo supercelular à qual o
fenómeno esteve associado O mesociclone correspondente a esta supercélula é
visível na figura, pelas 19:56 UTC.
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Fonte (texto e imagem): IPMA
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