segunda-feira, 14 de setembro de 2015

5436. PORTUGAL CONTINENTAL: Tendência do estado do tempo associado à aproximação da ex-tempestade tropical HENRI

Figura 1
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Figura 2
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A partir da próxima noite, todo o território de Portugal Continental começara a sentir os efeitos da aproximação de uma complexa área depressionária em cavamento a noroeste da Península Ibérica (Figura 1 – Terça-feira, 00h00UTC), com uma pressão mínima de 999 hPa, resultante da ex – tempestade tropical HENRI. Estabelecer-se-á uma corrente moderada de sudoeste, com aumento de nebulosidade no litoral oeste, onde poderão começar a registar-se períodos de chuva fraca a partir da noite.
Ao longo da madrugada e na parte de amanhã de manhã ocorrerá um cavamento para os 986 hPa da pressão mínima no núcleo depressionário (Figura 1 – Terça-feira, 12h00UTC), ao mesmo tempo que linhas de instabilidade começam a incidir directamente sobre o noroeste do território de Portugal Continental; esta situação contribuirá para o aumento da nebulosidade e a passagem a períodos de chuva persistente, intensificando-se o vento à medida que as isóbaras fiquem cada vez mais próximas umas das outras. Entretanto formar-se-á um segundo núcleo depressionário mais a oeste 990 hPa, ao mesmo tempo que se começarão a organizar linhas de instabilidade sobre o Atlântico (superfícies frontais frias), ao largo da costa ocidental portuguesa.
No período da tarde de Terça-feira, a área depressionária entrará em deslocamento para nordeste, ao mesmo tempo que o seu centro continuará a cavar até aos 981 hPa (Figura 2 – Quarta-feira, 00h00UTC). O raio da acção da área depressionária passará a abranger todo o território de Portugal Continental, particularmente sentido pela acentuada intensificação do vento, ao tornar-se forte, com rajadas muito fortes, em especial no litoral oeste e terras altas. Neste período, entre o meio – dia de amanhã e a meia – noite de Terça para Quarta-feira, várias linhas de instabilidade começarão a penetrar sobre o território de Portugal Continental, começando por afectar inicialmente o Minho e Douro Litoral e estendendo-se progressivamente ao resto do território de Portugal Continental, de norte para sul e do litoral para o interior. O Baixo Alentejo e o Algarve deverão sentir a aproximação e passagem das linhas de instabilidade já durante a madrugada de Quarta-feira.
A passagem das linhas de instabilidade provocará fenómenos convectivos que poderão originar períodos de chuva, por vezes fortes, passando a regime de aguaceiros, podendo ser acompanhados de trovoadas, em especial nas regiões norte e centro, sendo possível a ocorrência de fenómenos de ventos extremos.
A situação de instabilidade tenderá a desanuviar a partir do final da madrugada de Quarta-feira, persistindo a maior instabilidade nesse dia nas regiões do norte e centro (Figura 2 – 12h00UTC).

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